Diminuição de impostos de € 2 bi beneficiará 8 milhões de contribuintes na França, diz Hollande
Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (7), o presidente francês, François Hollande, confirmou uma redução dos impostos já prevista de € 2 bilhões para 2016. A medida, de acordo com o chefe de Estado, vai beneficiar 8 milhões de contribuintes, principalmente da classe média.
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"A baixa dos impostos sobre renda? Está feito, será feito", ressaltou Hollande em sua sexta coletiva de imprensa desde que assumiu a presidência, em 2012. Ele lembrou que a política da diminuição de impostos começou em 2014 e continuará até 2016.
Hollande garantiu que a decisão não vai pesar sobre o déficit público. "Está fora de questão aumentar as taxas para diminuir os impostos", declarou. "Minha responsabilidade é que em 2017 o déficit público esteja abaixo dos 3%", reiterou, prometendo que vai cumprir a meta sem que isso pese mais ainda no bolso do contribuinte.
Hollande lembrou que, em 2014, a baixa nos impostos sobre a renda foi de cerca de € 1 bilhão e, em 2015, de € 3,2 bilhões. A nova diminuição foi anunciada no dia 20 de agosto, condicionada pela aceleração da economia francesa. O primeiro-ministro Manuel Valls prometeu que ela será integrada ao orçamento de 2016 que será apresentado no dia 30 de setembro.
Atualmente, os impostos sobre a renda representam 20% da arrecadação do Estado.
Crescimento não barrará desemprego
Sobre o crescimento da economia do país, Hollande lembrou que a França tem expectativa de crescimento de 1% em 2015 e 1,5% em 2016. Mas reconheceu que não será suficiente para resolver o problema o desemprego, que bateu recordes durante seu mandato.
No segundo trimestre deste ano, a França registrou um crescimento nulo de seu Produto Interno Bruto (PIB), depois de uma alta de 0,7% nos primeiros três meses de 2015. Caso os dois próximos trimestres registrem novamente um crescimento nulo, o PIB neste ano deve registrar uma alta de 0,8%.
Impopularidade
De acordo com as últimas pesquisas de opinião, Hollande continua em baixa e perderia já no primeiro turno as eleições presidenciais de 2017. Candidatos da direita e da extrema-direita sairiam vitoriosos no primeiro turno, caso as eleições fossem hoje.
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