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França/Terrorismo

Paris, capital mundial de luta contra o terrorismo neste domingo

O presidente francês François Hollande disse, depois de uma reunião com seus ministros na manhã deste domingo (11), que Paris será hoje "a capital do mundo". Enquanto milhares de pessoas começavam desde cedo a se dirigir ao centro de Paris para a mobilização popular, o ministério francês do Interior sediava uma reunião internacional sobre o terrorismo que resultou em medidas de reforço e cooperação internacional contra o extremismo islâmico.

Praça da República no início da tarde deste domingo (11/01).
Praça da República no início da tarde deste domingo (11/01). REUTERS/Charles Platiau
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Uma multidão começou a se dirigir bem cedo para a Praça da República, em Paris, local de onde partirá a marcha histórica contra o terrorismo e pela liberdade de expressão, organizada depois dos ataques de jihadistas que chocaram a França e o mundo inteiro. Chefes de Estado e de governo começaram a chegar à capital francesa na manhã para participar da mobilização inédita e expressar solidariedade ao povo francês e a seus dirigentes.

"Será uma manifestação extraordinária que deve ser forte, digna e mostrar a dignidade do povo francês que irá expressar seu amor pela liberdade e pela tolerância", afirmou o primeiro-ministro Manuel Valls. O Palácio do Eliseu insistiu que a mobilização é antes de tudo uma "união dos franceses".

O tempo bom, com céu claro e sol na capital francesa, estimulou milhares de pessoas a se dirigir ao centro de Paris logo cedo para compor a manifestação. Muitos exibem os cartazes com as expressões: "Eu sou Charlie", "Liberade, igualdade, desenhem, escrevem", "Liberem seus lápis".

Foi adotado um plano excepcional de segurança com mais de cinco mil policiais espalhados pelas ruas de Paris, sendo mais de dois mil policiais para garantir a segurança durante essa mobilização histórica e gigantesca. Atiradores de elite serão posicionados em tetos de prédios e sacadas de apartamentos. Policiais também estão nas ruas para proteger locais considerados “sensíveis” como embaixadas estrangeiras e empresas de comunicação.

Muita segurança também em torno do Palácio do Eliseu, na região central de Paris, onde desde cedo começaram a chegar os cerca de 50 chefes de estado e de governo que vieram demonstrar solidariedade à França.

Além de líderes europeus como a chanceler alemã, Angela Merkel, e o premiê britânico, David Cameron, participam também o primeiro ministro israelense, Benjamin Netaniahu, e Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina.

Os Estados Unidos estão representados pelo ministro da Justiça, Eric Holder. Líderes participam da marcha republicana ao lado dos familiares das 17 vítimas dos atentados que estarão à frente do cortejo.

Medidas de luta contra o terrorismo

Na manhã deste domingo aconteceu na sede do ministério do Interior da França uma reunião internacional informal sobre o terrorismo com a participação de ministros de 11 países da União Europeia e também do ministro da Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder, além de representantes do governo do Canadá.

Na saída da reunião, o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, anunciou algumas medidas que serão adotadas com dois objetivos principais: o controle e monitoramento da movimentação dos jihadistas e das redes terroristas, e também uma maior vigilância através da internet.

Para isso, foi acordado que haverá um reforço no controle de fronteiras dentro e fora do bloco europeu e uma maior cooperação policial e jurídica sobre a troca de dados entre os países envolvidos nesta luta global contra o terrorismo.

O ministro Cazeneuve também disse que será estabelecida uma grande cooperação com empresas de internet para controle de mensagens de propaganda e apologia do terrorismo, além de trocas de informações que possam ajudar a identificar os extremistas radicais.

Os ministros consideram "indispensável" uma parceria com os operadores da internet para identificar "rapidamente" os "conteúdos incitando o ódio e o terror", segundo a declaração assinada em Paris. A Bélgica defende a criação de uma lista europeia de combatentes jihadistas.
 

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