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Paris/marcha

Paris se prepara para marcha contra o terrorismo no domingo

Um forte esquema de segurança está sendo preparado para a chamada “marcha republicana” que acontece no domingo (11), em Paris, após os atentados sangrentos dos últimos três dias, que deixaram saldo de 17 mortos. Vários líderes internacionais, como a chanceler alemã, Angela Merkel, e o premiê britânico, David Cameron, aceitaram o convite do presidente francês, François Hollande, para participar da manifestação.

O Arco do Triunfo, em Paris, homenageia as vítimas do jornal satírico Charlie Hebdo.
O Arco do Triunfo, em Paris, homenageia as vítimas do jornal satírico Charlie Hebdo. REUTERS/Youssef Boudlal
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Hollande fez um apelo a todos os franceses para participar das marchas previstas na capital e em outras cidades do país. Representantes da Espanha, Itália, do Parlamento Europeu, do Conselho Europeu e da Comissão Europeia também confirmaram presença em Paris.

O diretor-geral da polícia nacional, Jean-Marc Falcone, assegurou neste sábado (10), que “todos os dispositivos serão colocados em ação para que a marcha aconteça nas melhores condições de segurança”. O transporte na região parisiense será gratuito amanhã, para facilitar o deslocamento da população para o centro da capital.

A marcha terá dois itinerários paralelos, entre as praças da República e Nation, a partir de 15h (12h, no horário de Brasília). O dispositivo vigipirate de prevenção ao terrorismo continua em alerta máximo, com vigilância reforçada em prédios públicos, transportes e redações.

Reunião de crise

O presidente Hollande organizou na manhã de sábado, a partir de 8h40, uma reunião de crise com o seu gabinete para analisar as operações dos últimos dias. O chefe de Estado elogiou “a coragem, a bravura e a eficácia” das forcas de segurança.

O primeiro-ministro, Manuel Valls, reconheceu “falhas”, diante da quantidade de vítimas. Cherif Kouachi, um dos terroristas, era bem conhecido dos serviços de informações. Além disso, ele e seu irmão Said estavam na lista negra do terrorismo americano “há anos”.

Os ataques

O primeiro ataque aconteceu na quarta-feira, quando dois homens fortemente armados, os irmãos Said e Cherif Kouachi, invadiram a redação do jornal satírico Charlie Hebdo, matando 12 pessoas. No dia seguinte, em Montrouge, subúrbio ao sul de Paris, um terceiro homem, Ahmedi Coullibaly, também com armamento militar, abateu uma policial.

Na sexta-feira, os dois irmãos invadiram uma gráfica na cidade de Dammartin-en-Goële, a quarenta minutos de Paris. Por volta das 17h, eles saíram do edifício atirando suas Kalachnikovs contra os policiais, quando foram abatidos. Eles mantinham como refém um homem de 26 anos, que saiu ileso.

Simultaneamente, uma outra operação policial invadiu a merceria judaica em Porte de Vincennes (leste de Paris), onde Coullibaly mantinha vários clientes como reféns. O terrorista morreu na operação. Quatro pessoas foram encontradas mortas no interior da mercearia.
 

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