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Violência/Paris

Ministro do Interior condena atos antissemitas de protesto pró-palestinos

Duas manifestações em defesa do povo palestino foram realizadas neste fim de semana em Paris e em Sarcelles, na periferia da capital francesa, apesar da proibição do governo. Neste domingo, uma manifestação acabou em atos de vandalismo contra uma sinagoga e lojas judaicas. Na manhã desta segunda-feira (21), o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, apoiou a decisão do governo e denunciou "atos graves e violências antissemitas".

Manifestantes se revoltaram contra a proibição do protesto pró-palestinos em Paris pelo governo francês, neste sábado (19).
Manifestantes se revoltaram contra a proibição do protesto pró-palestinos em Paris pelo governo francês, neste sábado (19). REUTERS/Philippe Wojazer
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Cazeneuve esteve nesta manhã em Sarcelles, na periferia de Paris, onde vivem cerca de 15 mil judeus. Para o ministro do Interior, se expressar sobre os acontecimentos na Faixa de Gaza é "legítimo", mas as agressões contra sinagogas ou o comércio judeu são "intoleráveis". "Nada pode justificar essa violência", disse em referência ao vandalismo durante o protesto de ontem.

“Quando os manifestantes se manifestam diante de uma sinagoga ou atacam uma loja porque ela é de um proprietário judeu, comete-se um ato antissemita”, declarou, completando que violências como as de ontem nunca haviam acontecido em Sarcelles. “As pessoas estão assustadas esta manhã e a comunidade judaica está muito medo”, ressaltou.

Durante o fim de semana, o governo francês foi responsabilizado por vários partidos e organizações de incitar a revolta proibindo os atos em defesa dos palestinos. Para o ministro francês do Interior, não é a proibição em si que gera a violência, mas é a agressividade dos manifestantes que obriga o governo a não autorizar os protestos.

Além da tentativa de invasão de uma sinagoga em Sarcelles, o ataque contra o comércio judaico, e o incêndio de veículos, 18 manifestantes foram presos. Onze deles seguem sob custódia da polícia, entre eles quatro menores de idades.

Agressão sistemática

Nesta manhã, o presidente do Conselho Representativo das Instituições Judaicas na França, Roger Cukierman, apoiou a decisão do governo, alegando que os fatos demonstram que as manifestações pró-palestinos prejudicam a ordem pública. “O problema é que os judeus estão sendo sistematicamente atacados”, lamentou.

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