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DSK/Escândalo

Caso Strauss-Kahn: processo civil nos EUA deve terminar com acordo financeiro

A saga judiciária envolvendo Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), acusado de agressão sexual pela camareira Nafissatou Diallo, deve chegar ao fim nesta segunda-feira em Nova York. Os advogados das duas partes estão a ponto de concluir um acordo financeiro para colocar fim ao processo civil. 

Um acordo financeiro deve colocar um ponto final nesta segunda-feira no processo civil de Nafissatou Diallo contra o ex-diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn.
Um acordo financeiro deve colocar um ponto final nesta segunda-feira no processo civil de Nafissatou Diallo contra o ex-diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn. Reuters
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A audiência no tribunal do Bronx, em Nova York, está marcada para as 14h no horário local. O juiz não exigiu a presença de Dominique Strauss-Kahn, mas pediu que Nafissatou Diallo compareça para aprovar os termos do acordo caso ele seja realmente concluído.

O montante da indenização e outros detalhes das negociações devem ser mantidos em sigilo. O advogado de Strauss-Kahn declarou na semana passada que os boatos de que o ex-diretor do FMI teria aceito pagar US$ 6 milhões à camareira seriam falsos.

Mas esse valor seria plausível, segundo o advogado e ex-procurador Matthew Gallouzo. Strauss-Kahn poderia ter que pagar "entre US$ 3 e 10 milhões, mais provavelmente cerca de US$ 5 milhões", avalia ele.

Os acordos financeiros que encerram as ações civis são extremamente frequentes nos Estados Unidos, pois evitam um processo longo e dispendioso com final incerto. Esses acordos não correspondem a uma confissão de culpa, mas evitam ao acusado ter que dar sua versão dos fatos.

Se o acordo for concluído, Dominique Strauss-Kahn, que nunca explicou à Justiça o que realmente aconteceu entre ele e a camareira na suíte do hotel Sofitel, não deverá mais nada aos tribunais americanos, 19 meses após o escândalo que o obrigou a pedir demissão do FMI e colocou um fim às suas ambições presidenciais na França. Nesse período ele também se separou de sua esposa, a jornalista francesa Anne Sinclair.

Histórico

O processo penal contra Dominique Strauss-Kahn já havia sido abandonado em agosto do ano passado. O procurador considerou que as mentiras contadas por Nafissatou Diallo sobre certos aspectos de seu passado haviam "seriamente comprometido sua credibilidade como testemunha" em caso de processo. Depois do arquivamento do processo penal, o ex-diretor do FMI pôde voltar para a França.

Desde então essa camareira imigrante, viúva e mãe de uma adolescente não foi mais vista em público. Ela continua sendo funcionária do hotel Sofitel, mas está em licença por motivo de doença.

Nafissatou Diallo havia acusado Dominique Strauss-Kahn de tê-la obrigado a fazer sexo oral em sua suíte do hotel Sofitel, que a camareira tinha ido limpar no dia 14 de maio de 2011.

Ela havia entrado com uma ação contra ele na justiça civil, independente do processo penal, no dia 8 de agosto de 2011 para obter uma indenização por danos morais. Strauss-Kahn reconheceu uma rápida relação sexual "inadequada" com a camareira, mas afirmou que não houve violência nem ameaça.

Seus problemas com a justiça podem terminar hoje nos Estados Unidos, mas continuam em seu país natal. Ele é acusado de lenocínio, crime que consiste em favorecer a prostituição, no caso que ficou conhecido como o do Hotel Carlton de Lille, cidade do norte da França. Os advogados de Strauss-Kahn pediram a anulação do processo e a justiça deve se proncunciar no dia 19 de dezembro.

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