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França/Internet

Hollande discute "Taxa Google" com presidente-executivo da empresa

O presidente-executivo do Google, Eric Schmidt, foi recebido nesta segunda-feira em Paris, pelo chefe de Estado francês, François Hollande e a ministra da Cultura, Aurélie Filippeti, para discutir a criação da chamada "Taxa Google." A ideia é que a empresa pague pela utilização do conteúdo de jornais e revistas franceses indexados pelo motor de busca.

O presidente do Google, Eric Eric Schmidt
O presidente do Google, Eric Eric Schmidt Reuters/Brendan McDermid/Files
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O presidente executivo do Google, Eric Schmidt, reuniu-se durante 45 minutos com o chefe de Estado francês, François Hollande, e deixou o palácio do Eliseu sem dar declarações à imprensa. De acordo com o jornal francês Le Figaro, Hollande declarou que seria favorável à adoção de um projeto de lei em 2013. A ideia é que o Google pague, em forma de direitos autorais específicos, pelos textos indexados na busca que redirecionem o internauta para o site de origem. A empresa ameaça interromper o referenciamento dos sites franceses caso não haja um consenso.

Em entrevista à radio francesa France Inter, a ministra francesa defendeu a criação do imposto. Segundo ela, "este movimento europeu nos protege diante de Google. Não devemos acreditar que perdemos a batalha diante da influência das empresas digitais, que devem participar do financiamento da imprensa", declarou. A empresa ameaça interromper o referenciamento dos sites franceses, e alega que é responsável por quatro bilhões de acessos por mês dos sites franceses. "Instaurar uma taxa seria nefasto para os internautas e a Internet", disse Olivier Esper, responsável da empresa na França.

02:06

Ouça a reportagem

Taíssa Stivanin

Sem Google News, tráfego dos sites de notícias diminui em apenas 5%

No Brasil, há cerca de um ano, a ANJ (Associação Nacional dos Jornais), fez uma recomendação para que os jornais brasileiros se retirassem do site Google News, já que a empresa recusou-se a pagar pela utilização dos conteúdos. Na análise feita pela associação, seus representantes também descobriram que a indexação no site "capturava a audência dos sites de notícias brasileiros, já que os leitores se contentavam com o resumo feito no Google", disse.

A experiência foi bem-sucedida e teve um impacto de cerca de 5% na audiência dos veiculos, explica Ricardo Pedreira, diretor-executivo da associação. ‘’A Associação dos jornais fez e tem feito algumas ações no sentido de defender os conteúdos dos jornais. Tentamos junto ao Google uma remuneração por esses conteúdos. Essa é uma posição conhecida da empresa, que acredita que não deve remunerar os produtores de jornais pelos seus conteúdos, daí nossa decisão. Desde então, os jornais não estão mais no Google News.’’
 

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