Vítimas de massacre na França levaram dois tiros na cabeça

As quatro vítimas do massacre de quarta-feira nos Alpes franceses foram mortas com dois tiros na cabeça cada uma, segundo os resultados das autópsias divulgados hoje. Investigadores franceses e britânicos começaram a vasculhar neste sábado a casa da família britânica de origem iraquiana al-Hilli, em Claygate, subúrbio chique de Londres.  

Policiais franceses e britânicos vasculharam hoje a casa da família assassinada, em Claygate, subúrbio de Londres. Reuters

França e Grã-Bretanha vão trabalhar em estreita colaboração para esclarecer esse crime brutal, mas advertem que a investigação será longa e complexa. Parentes das duas meninas de 4 e 7 anos, sobreviventes do massacre de quarta-feira na cidade de Chevaline, chegaram hoje à França. A mais velha, com sérios ferimentos na cabeça, continua hospitalizada em Grenoble em estado de coma induzido.

Uma das pistas em estudo para os assassinatos do engenheiro de origem iraquiana Saad al-Hilli, sua mulher Iqbal, dentista, e uma idosa próxima do casal de nacionalidade sueca, encontrados crivados de balas dentro do carro da família, assim como de um ciclista francês que passava pelo local, é um litígio familiar entre Saad e seu irmão em torno de uma herança milionária deixada pelo pai dos dois, falecido no ano passado. O irmão nega qualquer envolvimento nas mortes. A polícia nega que essa pista seja a hipótese privilegiada e diz que vai ouvir todos os parentes e pessoas próximas do casal morto.

Policiais da Suíça e da Itália, com fronteiras próximas ao local da matança, seguem mobilizadas para evitar uma fuga do assassino ou assassinos. Segundo o procurador de Annecy, Eric Maillaud, foram encontrados no local do crime 25 cartuchos de arma de fogo. Questionado por jornalistas se pela quantidade de balas isso seria um indício de vários matadores, o procurador não respondeu.