Famoso hotel Ritz fecha suas portas em Paris para reformas

O célebre hotel Ritz da Praça Vendôme, em Paris, fechou suas portas na quarta-feira para dois anos de reforma. A renovação se fez necessária diante da crescente concorrência na hotelaria de luxo e as rigorosas exigências dos clientes ricos. A reabertura do Ritz deve acontecer no verão de 2014.

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De propriedade do bilionário egípcio Mohammed Al Fayed, o Ritz já acolheu reis e rainhas e celebridades como o ator inglês Charlie Chaplin, a estilista francesa Coco Chanel, o escritor norte-americano Ernest Hemingway e até a rainha da música pop, Madonna. A restauração – a primeira desde 1979 tem o objetivo de criar um restaurante de verão, sob uma cobertura de vidro móvel, além da integração de tecnologias de ponta.

O Ritz não é o primeiro a fechar suas portas para reformas em Paris. O hotel Crillon, da Praça da Concórdia, também vai interromper suas atividades pelos próximos dois anos. Já o Bristol e o Meurice fizeram renovações sem afetar seu funcionamento. Além desses, o Plaza-Athénée comprou mais três prédios em sua região para aumentar sua estrutura.

Embora todos Ritz e Crillon tenham cinco estrelas em sua classificação, o selo de “palácio” é o que lhes falta para atingir um nível ainda mais alto do luxo hoteleiro. Além disso, em 2010, Paris recebeu três novos estabelecimentos asiáticos de luxo, o Royal Monceau, o Shangri-la e o Mandarim Oriental. Em 2013, um outro gigante da hotelaria do oriente, o Peninsula, se estabelecerá em na capital francesa, acirrando a concorrência.

Clientela emergente

O motivo de todas as reformas e renovações é especialmente o aumento da clientela proveniente das mais altas classes sociais. De acordo com Vanguelis Panayotis, diretor de desenvolvimento da sociedade especializada em hotelaria MKG, “os clientes ricos nunca foram tão numerosos”.

Países emergentes como Brasil, China, Rússia e Índia, além dos americanos motivados pela baixa do euro, são os principais responsáveis pelo crescimento deste setor.