Hollande propõe imposto para milionários e lidera intenções de voto

A mais recente pesquisa eleitoral divulgada nesta terça-feira pelo instituto Ipsos, mostra que a distância está menor entre o candidato socialista às eleições presidenciais francesas, François Hollande, e o atual presidente, Nicolas Sarkozy, do partido de direita UMP, União para um Movimento Popular. A menos de dois meses do primeiro turno, o socialista, que continua na liderança, registraria na ocasião 31,5% contra 27% para Sarkozy, que atinge uma alta de dois pontos na preferência dos eleitores.  

O candidato socialista ao Palácio do Eliseu, François Hollande, propõe imposto para milionários em programa de TV nesta segunda-feira, em Paris. REUTERS/Fred Dufour/Pool

No segundo turno, em 6 de maio, a vitória de Hollande seria por 58% dos votos, 1 ponto a menos do que na pesquisa anterior. Já o atual presidente ganha mais um ponto. No entanto, ainda assim perderia com 42%.

Nesta segunda-feira, no canal de televisão francês, TF1, Hollande detalhou as suas propostas para a França se for eleito. Ele pretende aumentar os impostos para os milionários franceses. Os recursos declarados que ultrapassarem o teto de 1 milhão de euros anuais seriam taxados em 75%. O candidato justificou a medida que integra a reforma fiscal que deseja aplicar, como um ato de patriotismo necessário para equilibrar as contas do país.

Na manhã desta terça-feira, foi a vez das críticas de seus opositores que temem a fuga de capitais para nações com uma regulação fiscal mais piedosa, como a Suíça ou a Bélgica. O candidato centrista, François Bayrou, foi além e disse que o socialista só poderia estar "brincando", enquanto a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, comentou que a proposta é "absurda" e "demagógica".

De acordo com coalizão de esquerda, Front de Gauche, que conta com o Partido Comunista Francês, PCF, a medida atingiria apenas uma parte restrita dos contribuintes, como os dirigentes das maiores empresas francesas.