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França/DSK

Imagens divulgadas pelo Sofitel de NY relançam polêmica sobre caso Strauss-Kahn

O canal francês BFMTV levou ao ar nesta quinta-feira as primeiras imagens das câmeras de vídeo do hotel Sofitel em Nova York, registradas no dia 14 de maio, após a suposta agressão do ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn contra a camareira do hotel Nafissatou Diallo. A cena dura 2 minutos e 55 segundos e relança a polêmica sobre o caso que tirou o candidato favorito às presidenciais da disputa.

O ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn e sua mulher, Anne Sinclair, no tribunal de Nova York.
O ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn e sua mulher, Anne Sinclair, no tribunal de Nova York. Mario Tama/Getty Images
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As imagens foram feitas entre 12h27, momento em que Strauss-Kahn deixa o hotel, e 14h10, na chegada da polícia. A primeira cena mostra o ex-diretor do FMI poucos minutos depois do incidente, na recepção, e em seguida na calçada, pegando um táxi com sua bagagem. Strauss-Kahn parece calmo e sem pressa. Na sequência, o vídeo revela uma conversa em um dos corredores do hotel entre dois seguranças, Nafissatou Diallo e a responsável do seu setor.

Uma outra imagem mostra Adrian Branch, chefe da segurança do hotel, ligando para os policiais para relatar a agressão sexual, de acordo com um áudio que também foi transmitido pela BFMTV.  As cenas ainda mostram Nafissatou Diallo sentada no corredor, em silêncio, simulando com as mãos como teria sido agredida por Strauss-Kahn.

Outra cena mostra dois seguranças do hotel, Brian Yearwood e Derrik May, dançando, como se estivessem comemorando, e, em seguida, a chegada da polícia. A dança dura cerca de 13 segundos, e veio à tona em uma reportagem publicada pelo repórter Edward Jay Epstein na revista New York Review of Books em novembro. Foi depois da publicação dessa reportagem que a teoria do complô contra o ex-diretor do FMI voltou a ganhar força.

O grupo Accor, que administra o Sofitel, condenou a divulgação do vídeo em uma nota divulgada à imprensa. Em entrevista ao jornal francês Le Monde, o secretário-geral do grupo, Pascal Quint, disse que o vídeo foi entregue à polícia, mas não foi divulgado ao público para proteger os empregados e clientes do hotel. Segundo ele, os dois seguranças não se lembram o que estavam ‘comemorando’ na famosa cena. Ainda de acordo com o secretário-geral, os empregados do hotel não sabiam quem era Dominique Strauss-Kahn, e fizeram uma busca no site google.com. Ele não soube dizer, entretanto, se a busca foi feita antes ou depois de chamar a polícia.

Nafissatou Diallo, segundo Quint, está de licença médica, mas deve voltar ao trabalho assim que se sentir em condições. A Justiça de Nova York arquivou a queixa contra Strauss-Kahn por falta de provas. Em setembro, quando voltou para a França, o ex-diretor do FMI disse que a relação sexual entre ele e a camareira foi de comum acordo.

Para os advogados da camareira, o vídeo mostra que ‘ela disse a verdade.’ Já o advogado de Strauss-Kahn, Henri Leclerc, afirma não ter nenhuma prova de que houve de fato um complô contra o ex-diretor do FMI, que era tido como o favorito às presidenciais francesas e o principal rival do presidente Nicolas Sarkozy.

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