Acessar o conteúdo principal
França/DSK

Reações à entrevista de Strauss-Kahn vão da admiração à repugnância

As primeiras declarações de Dominque Strauss-Kahn sobre o escândalo sexual em Nova York provocaram reações de admiração mas também de repugnância na França e nos Estados Unidos. A entrevista ao vivo para o principal telejornal francês TF1, na noite de domingo, bateu um recorde de audiência dos últimos seis anos, com mais de 13 milhões de expectadores.

O ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn na bancada do jornal televisivo do canal francês TF1
O ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn na bancada do jornal televisivo do canal francês TF1 Reuters
Publicidade

Para o The New York Times, Strauss-Kahn não estava à vontade e parecia muito amargo. “Ele mostrou-se arrependido, mas combativo”, nas palavras do jornal. Para o The Washington Post, na entrevista o ex-chefão do FMI convenceu estar mesmo arrependido. O Los Angeles Times observou que Strauss-Kahn criticou o judiciário americano ao declarar que sentiu muito medo.

Para a imprensa francesa, a entrevista concedida ao principal telejornal do país foi minuciosamente preparada. Os jornais deram destaque para a sua afirmação de "falha moral" e também para a hipótese evocada pelo político de uma armação e mesmo um complô.

"Ele não explicou nada"

Para a presidente da associação francesa "Paroles de Femmes", Olivia Cattan, é estranho que na versão de Strauss-Kahn uma relação sexual entre duas pessoas que não se conhecessem, que dura alguns minutos e não é paga, seja classificada como "consentida". "Foi lamentável, ele não explicou nada do que aconteceu naquele quarto de hotel", acrescentou ela.

Para o ex-primeiro-ministro conservador Jean Pierre Rafarin, seria mais decente DSK ter ficado quieto. Até o pré-candidato do partido Socialista Arnaud de Montebourg disse não ter ficado convencido. Para ele, apesar de sincero, o ex-diretor do FMI promoveu uma humilhação nacional e a esquerda francesa toda saiu prejudicada do escândalo.

Já para o porta-voz do PS, foi importante Strauss-Kahn ter feito o reconhecimento público do erro. Os líderes socialistas também declararam a vontade de "virar a página" desse episódio.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.