Strauss-Kahn deve chegar à França no domingo

O ex-diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, deve chegar para a França neste domingo, de acordo com o canal de TV LCI. O voo Strauss-Kahn e sua esposa, Anne Sinclair, está previsto para aterrissar por volta das 8h35 no aeroporto Charles de Gaulle. A expectativa entre os membros do Partido Socialista é grande, já que DSK, como é conhecido na França, era tido como o candidato favorito às presidenciais em 2012.

Dominique Strauss-Kahn chegando em sua casa em Washington neste fim de semana. Reuters

A volta de Dominique Strauss-Kahn não é exatamente uma surpresa para os franceses. Ele mesmo declarou depois de sua audiência em Nova York que retornaria em breve à França, mas antes se reuniria com sua antiga equipe na sede do FMI (Fundo Monetário Internacional), em Washington. A Justiça americana arquivou as acusações de tentativa de estupro e agressão sexual contra DSK, no dia 23 de agosto.

Nesta terça-feira, a pré-candidata do Partido Socialista à presidência, Martine Aubry, também disse em uma entrevista ao canal francês Canal Plus que DSK estaria de volta "nos próximos dias." Nesta mesma entrevista, Aubry criticou a postura de DSK, conhecido no país pelas suas escapadas conjugais, dizendo que "compreendia o ponto de vista de muitas mulheres" em relação à atitude do ex-diretor do FMI.

O ex-primeiro ministro francês, Michel Rocard, foi ainda mais longe, afirmando que Strauss-Kahn sofria de uma doença mental que o impedia de controlar seus impulsos. Seus próprios advogados, depois do arquivamento de suas acusações, disseram que, em relação à camareira Nafissatou Dialo, ele havia "cometido um erro passageiro de julgamento", o que DSK reconheceu em uma conversa com antigos colegas no FMI.

No início do escandâlo, em maio, os principais líderes do partido Socialista demonstraram seu apoio ao ex-diretor do FMI. Mas com a proximidade das primárias, em outubro, que definirá o candidato do partido à presidência, diversos membros do PS têm preferido manter a distância em relação à Strauss-Kahn. Trata-se de uma importante variável eleitoral. Uma pesquisa recente, encomendada pelo Instituto francês BVA, mostrou que cerca de 80% dos franceses são contra seu retorno à cena política, mesmo reconhecendo sua competência nas questões econômicas.