Christine Lagarde vai ao Brasil defender sua candidatura ao FMI
A ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, um dos nomes mais cotados para suceder Dominique Strauss-Kahn na chefia do Fundo Monetário Internacional, desembarca na próxima segunda-feira, 30 de maio, em Brasília. Ela vai apresentar às autoridades brasileiras sua candidatura oficial ao cargo de diretora-gerente do FMI.
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A visita de Christine Lagarde ao Brasil foi anunciada pela embaixada da França e confirmada neste sábado por assessores da ministra francesa, em Paris. Em Brasília, ela se encontra na tarde de segunda-feira com o ministro da Fazenda Guido Mantega, com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e concede uma entrevista coletiva à imprensa.
Christine Lagarde, que é uma das favoritas para assumir a chefia do FMI no lugar de Dominique Strauss-Kahn, busca um amplo consenso em torno de seu nome. Sua candidatura é defendida pelas principais potências europeias e estaria prestes a conseguir o apoio fundamental dos Estados Unidos e da Rússia. Christine Lagarde promete, se nomeada, conceder aos países emergentes uma maior participação no Fundo Monetário Internacional.
Até agora, o único rival declarado da ministra francesa da Economia é o mexicano Agustín Carstens, presidente do Banco Central do México. As candidaturas ao cargo de diretor-gerente do FMI devem ser oficializadas até o dia 10 de junho.
Europeus confiantes na nomeação de Lagarde
A sucessão no FMI foi discutida nos bastidores da cúpula do G8, encerrada na sexta-feira em Deauville, balneário francês, no noroeste do país. O presidente Nicolas Sarkozy e a chanceler alemã Ângela Merkel afirmaram que o G8 não era o melhor momento para abordar o assunto. “Nós evitamos deliberadamente discutir o tema, em respeito aos países ausentes, principalmente as potências emergentes”, disse Merkel.
Mas um responsável europeu garantiu em Deauville que a nomeação da ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, está garantida e que ela teria inclusive o apoio da Rússia. Ele disse que falta apenas encontrar uma maneira de compensar a representação dos integrantes dos BRICS (grupo formada pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) no Fundo Monetário Internacional.
Desde a criação do Fundo Monetário Internacional em 1944, a instituição é dirigida por um europeu, enquanto que o Banco Mundial é comandado por um americano. A sucessão à direção do FMI foi aberta após a renúncia do francês Strauss-Kahn, acusado de tentativa de estupro nos Estados Unidos.
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