Acessar o conteúdo principal
G8/França

G8 planeja ajuda financeira a países árabes em transição democrática

Pouco antes do início da Cúpula do G8 na cidade francesa de Deauville, nesta quinta-feira, a imprensa teve acesso a trechos do projeto de declaração final. Os líderes das oito maiores potências mundiais vão expressar sua disposição em estabelecer uma parceria duradoura com os países do mundo árabe que se comprometerem com a transição democrática.

A partir da esquerda: os presidentes Barack Obama, dos Estados Unidos, Dmitry Medvedev, da Rússia, e Nicolas Sarkozy, da França
A partir da esquerda: os presidentes Barack Obama, dos Estados Unidos, Dmitry Medvedev, da Rússia, e Nicolas Sarkozy, da França Reuters
Publicidade

A reunião começou na tarde desta quinta-feira com um almoço de trabalho oferecido pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, aos chefes de Estado e de governo de Estados Unidos, Rússia, Alemanha, Reino Unido, Itália, Canadá e Japão. Um dos primeiros assuntos, o reforço da segurança nuclear mundial, foi abordado pelo primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, que fez um balanço da catástrofe da usina de Fukushima. Os dirigentes do G8 se dizem "plenamente confiantes" na capacidade das autoridades japonesas de solucionar a crise nuclear e ofereceram ajuda em caso de necessidade.

Questões de economia global e internet também estarão sobre a mesa nesta tarde. À noite, os líderes do G8 vão discutir a situação das revoluções no mundo árabe. Egito e Tunísia, que derrubaram recentemente seus ditadores, são os convidados de honra desta cúpula e serão representados na sexta-feira. As grandes potências vão propor uma parceria duradoura com essas nações e com todas aquelas que se engajarem numa transição democrática conforme as aspirações da população.

Além da questão política, os dirigentes do G8 devem discutir uma ajuda financeira bilionária a estes países, cujo valor ainda não foi definido. O Cairo diz que vai precisar de 10 a 12 bilhões de dólares até a metade de 2012 e Tunis pede 25 bilhões de dólares nos próximos cinco anos.

ONGs pedem mais pressão sobre ditadores do mundo árabe

Cerca de 40 organizações não-governamentais também estão em Deauville. A ONG Anistia Internacional pede medidas mais audaciosas para acabar com as violentas repressões contra a população da Líbia, da Síria e do Iêmem. No projeto de declaração final da Cúpula do G8, ao qual a imprensa teve acesso mais cedo, os líderes das grandes potências defendem uma solução política para o fim da crise na Líbia e exigem que o ditador Muammar Kadafi páre de usar a força contra os insurgentes e cesse os bombardeios. O mesmo pedido é feito às autoridades sírias de Damas.

O documento final do G8 também faz referência ao impasse entre israelenses e palestinos. Ele pede que os dois lados retomem negociações para fechar um acordo base visando selar um acordo de paz.

Disputa pela liderança do FMI em pauta

Outro assunto que deve dominar as discussões é a sucessão de Dominique Strauss-Kahn à frente do Fundo Monetário Internacional. A grande favorita para o cargo, a ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, oficializou sua candidatura ontem. Ela não participa da reunião do G8, mas terá o apoio garantido do lado europeu.

Mais de 12 mil policiais e militares estão mobilizados para garantir a segurança dos participantes do G8, na cidade balneária de Deauville, localizada no noroeste da França.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.