Sarkozy abre G8 digital saudando potencial da web para a liberdade de expressão

A nata da internet mundial está reunida na manhã desta terça-feira em Paris, no primeiro encontro do G8 dedicado à economia digital. Os participantes do fórum vão discutir propostas para apresentar na cúpula de líderes do G8, que se realiza quinta e sexta-feira em Deauville, na Normandia. Na abertura do e-G8, o presidente Sarkozy saldou o potencial inédito para a liberdade de expressão da internet.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy durante abertura do e G8 Reuters

O encontro é raro. Os dirigentes de quase todas as principais empresas mundiais da internet aceitaram o convite francês e participam desta primeira edição do G8 digital. Durante dois dias, os presidentes de Facebook, Google, Microsoft, Skype, ebay, entre outros, estarão reunidos no turístico jardim de Tuilerires, no centro de Paris, para discutir os desafios da internet e influenciar a cúpula dos chefes de Estados do G8, que acontece em 26 e 27 de maio, em Deauville.

O G8 digital foi aberto por um discurso de Nicolas Sarkozy, que esta na presidência rotativa do grupo dos 8 países mais industrializados do planeta, e idealizou o evento. Sarkozy ressaltou o papel da web nas revoluções árabes e disse que o potencial para a liberdade de expressão que representa o setor é inédito. O presidente francês também defendeu regras mínimas para a internet.

Oficialmente, o objetivo é dar sugestões para melhorar a governança da internet, garantir o crescimento do setor, favorecer a liberdade de expressão e lutar contra a pirataria. A França pressiona Bruxelas a adotar em toda a União Europeia a legislação francesa sancionando os usuários que baixam conteúdos ilegalmente na internet e deve aproveitar este e-G8 para defender sua posição.

Alguns temas polêmicos foram excluídos dos debates. Entre eles, um eventual apoio aos cyberdissidentes com a possibilidade de estender aos blogueiros a mesma legislação que protege os jornalistas, a cybercriminalidade ou ainda a cooperação internacional e o desenvolvimento de países pobres com a ajuda da internet. Entre os presentes, é notável a fraca participação de representantes africanos, sul-americanos ou asiáticos