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França/Terrorismo

França pode ser alvo de atentado iminente, diz ministro

O ministro francês do Interior, Brice Hortefeux, reafirmou nesta segunda-feira que a França está sob ameaça real de terrorismo. O alerta vermelho, um nível abaixo do máximo, e a vigilância, foram reforçados na última quinta-feira, dia do sequestro de cinco franceses e dois africanos no norte do Níger.  

O policiamento foi reforçado nos pontos turísticos da França.
O policiamento foi reforçado nos pontos turísticos da França. Reuters
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O ministro francês do Interior, Brice Hortefeux, confirmou hoje que a ameaça terrorista é real, mas não visa um local específico do país. Uma fonte ligada ao ministério afirma que o governo recebeu informações da Argélia, ex-colônia francesa, sobre a possibilidade de um atentado suicida de uma mulher kamikaze na rede de transportes públicos da França. O ministro Hortefeux informou que uma investigação policial foi aberta e que o governo está mobilizado. "O que eu posso dizer é que todas as providências estão sendo tomadas e os franceses não precisam ficar com medo", disse Hortefeux.

Até agora, nenhuma orientação especial foi dada à população e a movimentação na capital continua normal.

Na semana passada, além dos sequestros no Níger, falsos alertas a bomba interditaram a Torre Eiffel e a estação de metrô Saint Michel, no coração de Paris, onde em 1995 um atentado reivindicado por um grupo islâmico argelino matou oito pessoas.

Comissão Europeia e produtos químicos

A Comissão Europeia fez uma proposta hoje para limitar a venda de produtos químicos comercializados atualmente em farmácias e supermercados e utilizados por terroristas para a fabricação de bombas artesanais.

A comissária europeia responsável pelo setor de Segurança, Cecilia Malmström, informou, em entrevista coletiva à imprensa, que as substâncias disponíveis ao grande público mais utilizadas para os explosivos são o nitrato de amônia e o peróxido de hidrogênio (água oxigenada). Este último foi usado na fabricação da bomba que matou 52 pessoas em Londres, em 7 de julho de 2005.

As duas substâncias são encontradas em xampus, desinfetantes, detergentes, entre outros produtos de higiene e limpeza. A comissária explicou que pedirá a proibição de produtos com alta concentração destas substâncias.

Sequestro no Níger

Hoje o governo francês também deu mais informações sobre as investigações em torno do rapto do grupo de empregados dos grupos Areva e Vinci, dois gigantes do setor nuclear e da construção civil, ocorrido no Niger. Dois aviões foram enviados ao país africano para tentar localizar os responsáveis.

Segundo o testemunho de um segurança da empresa Areva que teve contato com os sete sequestradores, eles falam árabe, têm longas barbas e usam turbantes. A Areva reconheceu hoje falhas na segurança de seus funcionários.

O porta-voz do governo francês, Jean-Luc Chatel, declarou no domingo que a França fará de tudo para libertar os reféns. Chatel negou uma ação militar da França, mas fontes de segurança e diplomáticas informam que o governo francês instalou em Niamey, capital do Níger, uma base operacional com 88 militares para uma operação de resgate dos reféns. Segundo essas fontes, os prisioneiros já deixaram o Níger e estariam agora no deserto do Mali.

 

 

 

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