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Polícia francesa prende 13 pessoas por pichar suásticas em Paris

Treze pessoas foram detidas na noite sábado (25) pela polícia parisiense no momento em que pichavam suásticas em calçadas do 17° distrito de Paris, noroeste da capital francesa. O incidente é registrado no momento em que o país vive um aumento de atos antissemitas.

Suástica desenhada diante de um centro social judaico de Paris, em agosto de 2004. Imagem ilustrativa.
Suástica desenhada diante de um centro social judaico de Paris, em agosto de 2004. Imagem ilustrativa. AFP - PIERRE VERDY,-
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Entre os 13 detidos em flagrante delito estão sete militantes de extrema direita fichados pela polícia francesa. Segundo o Ministério Público de Paris, eles foram presos por destruição de patrimônio público, "em razão de raça, etnia, nação ou religião, e incitação ao ódio, violência e discriminação racial". As investigações estão sendo realizadas pela delegacia de polícia do 17° distrito da capital francesa.

As detenções ocorrem num momento de aumento de atos antissemitas na França provocado pela guerra no Oriente Médio. Mais de 1.500 foram registrados desde 7 de outubro, início desta nova escalada de violências em Israel e o Hamas. Esse número representa o triplo dos atos contra a comunidade judaica do país registrados durante todo o ano de 2022. 

Ao longo dos últimos séculos, a suástica, também conhecida como cruz gamada, foi utilizada por diversas culturas. No entanto, a partir do século XX o símbolo ganhou uma conotação extremista por ser usada pelo regime nazista liderado por Adolf Hitler, que exterminou cerca de seis milhões de judeus.

Estrelas de Davi e desenhos antissemitas

No início de novembro, a polícia francesa descobriu desenhos e mensagens antissemitas nas paredes de várias escolas de Estrasburgo, no leste do país. Suásticas também foram pichadas em estabelecimentos de ensino da região.

Em Paris e outros municípios da periferia, estrelas de Davi foram pintadas em diversos prédios. A utilização deste símbolo do judaísmo, que nazistas usavam para marcar residências de judeus, mobilizou o Ministério Público da capital francesa, que abriu uma investigação. 

Até o momento, as autoridades francesas não revelaram as motivações por trás das pichações em azul, o que também que levantou suspeitas iniciais sobre o envolvimento de grupos sionistas. Recentemente as mídias francesas apontaram para a possível implicação de uma rede russa de propaganda, na tentativa de uma desestabilização orquestrada por Moscou. A diplomacia russa na França nega qualquer envolvimento no incidente. 

Um homem, de 33 anos, e uma mulher, de 28, ambos de nacionalidade moldava e em situação irregular na França, foram detidos no início de novembro. O casal declarou ter pichado estrelas azuis no 10° distrito da capital francesa e "atuado sob o pedido" de uma pessoa russófona, em troca de "remuneração". 

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