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Sobreviventes descrevem na imprensa francesa massacres cometidos pelo Hamas nos kibutz de Israel

Os jornais franceses descrevem as cenas de puro terror vividas por moradores de kibutz, as comunidades agrícolas israelenses, invadidas por terroristas do Hamas ao redor da Faixa de Gaza. Incêndio de casas, execuções a sangue-frio de famílias, sequestros. Reféns de todas as idades são citados nas reportagens da imprensa nesta quarta-feira (11). 

Soldado israelense segura cachorro perdido no kibutz de Kfar Aza.
Soldado israelense segura cachorro perdido no kibutz de Kfar Aza. AP - Ohad Zwigenberg
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O jornal Le Parisien diz que é preciso contar o que aconteceu em Kfar Aza, Be’eri, Nir Oz, Ofaqim e Kissoufim, no sul de Israel. No kibutz de Be'eri, uma centena de corpos de israelenses foram encontrados; todos barbaramente assassinados por combatentes do movimento extremista islâmico palestino. 

Sobreviventes do ataque ao kibutz de Kfar Aza relatam as cenas de horror que enfrentaram. Os combatentes armados incendiavam as casas para obrigar os moradores a sair na rua, para serem executados a sangue-frio. Homens, mulheres, crianças, bebês, idosos. 

Há controvérsias a respeito de declarações de jornalistas estrangeiros que estiveram nesse kibutz na segunda-feira (9), logo depois da aldeia ser liberada pelo Exército de Israel, e relataram ter visto crianças decapitadas, reporta Le Parisien. "Todos descreveram a cena como 'apocalíptica'." Mas a informação não foi confirmada por Israel.

Durante uma reunião com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na noite de terça-feira, o primeiro-ministro israelense, Benyamin Netanyahu, denunciou "uma selvageria que nunca foi vista desde o Holocausto".

Desaparecidos 

O jornal Libération estampa em sua capa as imagens das reféns Doron Asher, uma contadora israelense de 34 anos, e suas duas filhas pequenas, Raz, de 5 anos, e Aviv, de 3 anos, sequestradas pelo Hamas no sábado (7). Doron mora no centro de Israel, mas visitava a mãe, residente no kibutz de Nir Oz, quando o local foi invadido pelos terroristas. Familiares conseguiram rastrear o telefone da contadora em Khan Younès, um distrito de Gaza.

Sob a imagem de corpos envoltos em sacos plásticos pretos, enfileirados na rua, o jornal Le Figaro diz que os kibutz de Kfar Aza e Be’eri foram palco de massacres e também evoca crianças decapitadas. 

No quinto dia de guerra, "Israel tem 1200 mortos e a Faixa de Gaza, 263 mil palestinos deslocados" pelos bombardeios israelenses, aponta o diário católico La Croix

A imprensa francesa é unânime em relação a uma avaliação: são os 150 desaparecidos, mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza – 130, de acordo com o Hamas –, que determinarão em grande parte a intensidade da resposta israelense. O governo de Benjamin Netanyahu está diante do seguinte dilema: lançar uma ofensiva terrestre no enclave palestino ou negociar com o Hamas. É certo que se a escolha for pela ofensiva terrestre, o Hamas utilizará os reféns como escudos humanos.

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