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Polícia francesa investiga mais de 200 roubos de imagens e lápides em cemitérios

O leste da França vem assistindo um curioso aumento de saques de cemitérios. Depois da Alsácia, no início de agosto, agora foi a vez dos cemitérios da cidade de Franche-Comté relatarem furtos em seus túmulos. O artigo mais roubado são as imagens de bronze da Virgem Maria, mas fontes de água benta e lápides de mármore também têm desaparecido destes locais. Ao todo, mais de 200 objetos foram roubados na região nas últimas semanas. 

Cemitério de Estrasburgo, na França.
Cemitério de Estrasburgo, na França. AFP - FREDERICK FLORIN
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Uma investigação foi aberta pela polícia da região Alto Reno, onde foram registados os últimos incidentes, relata a rádio France Bleu. Na semana passada, o município de Le Neuvelle-lès-Lure publicou uma lista de itens roubados e danificados em sua página do Facebook.

Desde o início de agosto, dezenas de estátuas de representações da Virgem Maria, principalmente em bronze, foram roubadas de diversos cemitérios. Somente no dia 10 de agosto, foi relatado o roubo de 20 dessas estátuas na cidade de Saint-Germain, comuna francesa na região de Franche-Comté.

Algumas lápides também mostram vestígios de tentativas de roubo. "Podemos constatar que estavam bem vedadas", destaca Bruno Guédot, representante da comissão sindical responsável pelo cemitério intermunicipal, que inclui, além de La Neuvelle-lès-Lure, as comunas de Froideterre e Lantenot.

"Houve tentativas de arrancar a lápide, mas sem sucesso. Os ladrões acharam mais fácil retirar o bronze do que a resina. Lápides foram danificadas e letras de bronze, removidas", ele relata.

“Algumas custam mais de € 1 mil”, continua Guédot, se referindo às estatuetas.

Quadrilha dos cemitérios?

“Atacar cemitérios é a última coisa que pensamos [que irá acontecer]”, reage a aposentada Marie-Christine, moradora de La Neuvelle-lès-Lure. A estátua do túmulo dos seus pais foi alvo da ação dos criminosos.

“O que se passa na cabeça? (...) Aí, a gente gagueja. Não temos palavras para descrever tudo isso. É um lugar simbólico”, ela lamenta.

A polícia francesa considera centralizar as investigações de todas as comunas afetadas pelos roubos, já que os investigadores trabalham com a hipótese de as ações estarem conectadas.

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