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Onda de calor fora do comum chega à França e hospitais já sentem a "tensão", diz ministro da Saúde

Grande parte do território francês se prepara para uma onda de calor de intensidade excepcional para o período estival, com temperaturas que podem ultrapassar os 40°C nos próximos dias no sudeste do país.

França enfrenta uma intensa onda de calor fora do comum quase no fim de agosto.
França enfrenta uma intensa onda de calor fora do comum quase no fim de agosto. AP - Thomas Padilla
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Dezenove departamentos foram colocados na sexta-feira (18) em vigilância nível laranja (o penúltimo da escala) pela onda de calor, segundo a Météo-France. A onda de calor se estende do sudoeste ao nordeste, bem como na região dos Alpes.

"Neste fim de semana as temperaturas aumentam, em particular na metade sul do país. Prometem ser duradouras e intensas com valores por vezes acima dos 40°C no sudeste a partir de domingo", indicou o Météo -França em seu boletim divulgado na sexta-feira.

Este novo episódio de calor “promete ser o mais quente do verão de 2023, e também um dos últimos com tal nível de intensidade”, especifica o meteorologista.

Criação de animais e eletricidade 

Os criadores de animais estão entre os mais atingidos. "Temos que preservar o bem-estar animal. Eles sofrem com o calor e quando isso acontece, produzem menos. E aí imagina ordenhar às seis da tarde quando ainda estão quase 40°C, é difícil também para os humanos", observa Jean-Claude Huc, presidente da Câmara de Agricultura de Tarn, no sudoeste da França, entrevistado pela AFP.

No entanto, ainda é cedo para saber se esta será mais uma onda de calor no país ou se será um evento de calor extremo (chamado de "canicule" pelos franceses), termos que obedecem a definições precisas e implicam altas temperaturas, dia e noite, durante vários dias.

As consequências são múltiplas. A fornecedora de eletricidade EDF planeja reduzir a produção de duas de suas usinas nucleares no sudeste e centro-leste, para evitar o aquecimento excessivo das águas do Rio Rhône que resfriam seus reatores.

Sistema de saúde 

Perante o episódio, o ministro da Saúde francês Aurélien Rousseau assegurou esta sexta-feira que "os hospitais irão aguentar", confirmando que a situação é "tensa" nas urgências, mas não é "mais grave" do que em 2022.

"Os hospitais aguentaram, os hospitais aguentarão, (...) a organização do sistema de saúde é extremamente robusta e será robusta diante deste episódio de calor", declarou Aurélien Rousseau à France Info.  

“Não diria que a situação é mais grave”, respondeu o ministro da Saúde. "Ela está tensa, e vai ficar tensa depois do verão também, não vai voltar de repente ao normal. Temos um problema de disponibilidade de profissionais", continuou.

Este verão, os hospitais e, em particular, os hospitais universitários, têm desempenhado o papel de apoio aos hospitais de menor dimensão que, por vezes, não conseguem atender toda a demanda.

(Com AFP)

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