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Governo francês anuncia plano para facilitar acesso a moradia

O plano para facilitar o acesso a moradia e amenizar as dificuldades de se encontrar onde morar na França, revelado pelo governo nesta segunda-feira (5), é destaque na imprensa francesa. O mercado imobiliário parisiense, tradicionalmente caro, com preços muito acima do poder aquisitivo da maioria da população, se tornou ainda mais inacessível nos últimos meses. Com a taxa de juros em alta, muitas pessoas decidiram esperar para comprar uma casa própria, saturando a oferta de imóveis de aluguel. 

Apartamento com cartazes anunciando venda. A imprensa francesa desta segunda-feira (2) destaca o plano do governo francês que visa facilitar o acesso a moradia.
Apartamento com cartazes anunciando venda. A imprensa francesa desta segunda-feira (2) destaca o plano do governo francês que visa facilitar o acesso a moradia. AFP - MYCHELE DANIAU
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As principais medidas do governo francês, que vazaram na imprensa antes de serem anunciadas, se concentram na prorrogação do empréstimo sem juros para aquisição de imóveis, no aumento das ajudas já existentes de acesso a compra e no incentivo à construção de mais moradias.

Para o jornal Le Figaro, o governo decidiu finalmente agir sobre uma crise que poderia se transformar em uma "bomba social".

De acordo com um relatório da Fundação Abbé Pierre de 2023, citado pela publicação, 4,1 milhões de franceses estão mal alojados, entre eles, 1 milhão não têm residência fixa, 1 milhão moram em alojamentos superlotados e 2,1 milhões vivem em condições insalubres.

Medidas não permitem sair da crise

Mas, de acordo com o jornal Le Monde, as medidas não agradaram os profissionais do setor, que reclamam de "mudanças mínimas, imprecisas e que não permitirão mudar a situação crítica” do mercado imobiliário.

Um dos dados destacados pelo diário La Croix é que 3,1 milhões de residências estão vazias na França. Isso representa 8,3% dos alojamentos do país. Entre estes imóveis, 1,3 milhão não têm moradores há mais de dois anos.

O jornal Le Parisien destaca o caso de um corretor de imóveis, de 28 anos, que não consegue alugar um apartamento em Paris e voltou a viver com o pai na periferia da capital francesa. Apesar de ter um bom salário, o jovem é autônomo, condição que não agrada os proprietários. Ele lamenta que a única maneira de conseguir um apartamento seria falsificando seus documentos, recurso utilizado por muitos franceses.

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