ONG Sidaction lança Kama Sutra versão LGBTQ+ para “todos os tipos de amor”
Começa a venda, nesta quinta-feira (20), de uma versão revisitada do Kama Sutra, documento indiano de 1500 anos, com a participação de ilustradores e ilustradoras ligados à causa LGBTQ+ na França.
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O Kama Sutra, escrito entre os séculos VI e VII da era cristã, versa sobre o comportamento sexual humano, e povoa o inconsciente coletivo desde então.
A nova versão, em edição limitada, traz uma democratização do ato de fazer amor. O tradicional casal sarado em poses mirabolantes dá lugar a braços, pernas, torsos e peitos de todas as formas, muitas vezes tatuados ou marcados por cicatrizes de cirurgias.
Et si on jouissait de toutes nos identités ? Parce qu’il y a autant de façons de s’aimer qu’il y a d’identités, Sidaction lance le #KamasutraPlus à l’occasion de la #MarcheDesFiertes parisienne.
— Sidaction (@Sidaction) June 22, 2022
Site web 👇 https://t.co/rdmEX9LiIL
Todas as sexualidades estão presentes na representação dos desejos gays, trans e lésbicos. Tem até lugar para a assexualidade.
Mensagem de saúde pública
“Já existiam versões gays ou lésbicas do Kama Sutra, mas esta abrange toda a população”, explica Sandrine Fournier, da ONG Sidaction, para o jornal Le Parisien.
Ela explica que as ilustrações também versam sobre masturbação, preliminares e mesmo a ausência de desejo. Ou seja, é uma mensagem de saúde pública, diz a associação, pois “quando existe discriminação, há os não-ditos, além de testes ou diagnósticos com atraso”.
[Evénement]
— Sidaction (@Sidaction) October 20, 2022
On vous l’avait dit pendant la Marche des Fiertés…c’est avec une fierté de plus que nous l’avons fait :
Sidaction sort son #Kamasutra+ version papier avec les mots saillants d’@eddydepretto en préface !
👉 https://t.co/gstbb3N5gP pic.twitter.com/zU1nS6O1Xg
Entre as ilustrações desse novo Kama Sutra, a posição “O Espelho”, é assinado por Cosmo Illustrator, uma desenhista de 26 anos que optou por representar a bissexualidade. Ela explicou a Le Parisien que aceitou o desafio de colaborar em um trabalho “em que todos podem se identificar”. Ela acrescenta que também coloca em cena a camisinha, objeto que nunca é visto em filmes, por exemplo.
A ONG Sidaction, criada em 1994 para lutar contra a epidemia de HIV, vai usar os lucros com a venda dos livros para financiar programas médicos e científicos.
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