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Polícia desmantela novo acampamento com centenas de migrantes em Paris

Cerca de 360 migrantes foram retirados nesta quarta-feira (22) de um acampamento improvisado no nordeste de Paris. Essa não é a primeira vez que as autoridades desalojam grupos que se instalam na região.

Operação de desmantelamento de acampamento de migrantes na Porte de Pantin, no nordeste de Paris.
Operação de desmantelamento de acampamento de migrantes na Porte de Pantin, no nordeste de Paris. © Utopia 56
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O acampamento estava montado na Porte de Pantin, zona situada na saída da capital. Os migrantes, vindos do Afeganistão e do continente africano, eram principalmente homens sozinhos e, segundo as autoridades, muitos deles já estariam à espera do resultado de um pedido de asilo junto à administração francesa.

De acordo com a prefeitura do 19° distrito de Paris, onde fica a Porte de Pantin, o acampamento se formou rapidamente. “Vimos as primeiras barracas chegarem há apenas duas semanas”, indicou o prefeito, François Dagnaud.

Segundo ele, os migrantes foram levados para um centro de acolhimento, onde terão sua situação administrativa avaliada. Eles também devem receber acompanhamento social e sanitário e, em seguida, serão levados para abrigos, indicou a prefeitura.

As associações de ajuda aos migrantes afirmam que se trata de um mesmo grupo que já estava em acampamentos desmontados na região e que, logo após o desmantelamento, teria retornado e instalado outras barracas.

Estacionamento vira moradia improvisada

Voluntários do coletivo francês Solidarité Migrants Wilson afirmam que algumas das pessoas retiradas do acampamento nesta quarta-feira faziam parte dos 500 migrantes que viviam ilegalmente na cidade vizinha de Pantin, e que tiveram seu acampamento destruído em 11 de maio. Desde então, eles estariam sobrevivendo, em um estacionamento, em condições de insalubridade extrema. 

“Continuamos no mesmo ciclo”, denuncia o prefeito. Segundo ele, mesmo se ações de desmantelamento são realizadas, o problema nunca é totalmente resolvido. Para ele, o governo e a União Europeia deveriam se mobilizar mais diante da situação.  

Em 2020, algumas dessas operações chegaram a retirar até 2000 pessoas em um único dia. 

(Com informações da AFP)

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