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Menos de dois meses após reelegerem Macron, franceses voltam às urnas para legislativas

Os franceses vão às urnas neste domingo (12) para o primeiro turno das eleições legislativas. Por causa do fuso horário, os eleitores dos territórios ultramarinos já começaram a votar neste sábado (11). O presidente Emmanuel Macron, reeleito em abril, conta com o resultado desse pleito para obter a maioria absoluta no plenário da Assembleia Nacional.

Cerca de 6.300 candidatos disputam as 577 vagas da Assembleia Nacional
Cerca de 6.300 candidatos disputam as 577 vagas da Assembleia Nacional © RFI
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Mais de 48 milhões de eleitores foram convocados às urnas para eleger os 577 deputados, entre os cerca de 6.300 candidatos. Os moradores do arquipélago de Saint Pierre e Miquelon, na costa do Canadá, foram os primeiros a votar, às 8h deste sábado pelo horário local (7h em Brasília). Logo em seguida foram abertas as zonas eleitorais na Guiana Francesa, na fronteira com o Brasil, e Martinica, Guadalupe, Saint-Martin e Saint-Barthélemy, nas Antilhas.

Os eleitores têm até as 20h para votar (15h em Brasília) e, logo em seguida, os primeiros resultados do pleito começam a ser divulgados. O segundo turno da eleição legislativa francesa acontece dentro de apenas uma semana, em 19 de junho.

Três grandes forças políticas se enfrentam neste domingo: A coalizão Juntos ! (Ensemble!), criada após a reeleição do chefe de Estado com a união de partidos centristas, a Nova União Popular Ecológica e Social (Nupes), grupo que conseguiu reunir os principais partidos de esquerda do país, e a extrema direita de Marine Le Pen, que tenta ganhar espaço após a derrota no segundo turno da corrida presidencial.

A coalizão Juntos ! precisa eleger 289 dos 577 deputados para que o presidente possa implementar sem obstáculos as reformas que prometeu durante a campanha. Caso contrário, ele ficará dependente de acordos com a oposição para aprovar projetos de lei e reformas do Executivo.

Na quinta-feira (9), véspera do final da campanha, Macron lembrou que essa eleição, vista por alguns analistas como um "3° turno" da presidencial, era “decisiva”. “O equilíbrio (de forças) definirá o destino da França e o dia-a-dia de cada um", disse.

No entanto, embora a principal preocupação dos franceses seja o poder aquisitivo, tema central na corrida presidencial no primeiro trimestre, principalmente num contexto de alta dos preços devido à guerra na Ucrânia, a campanha das legislativas foi marcada pela questão da violência policial no país, que acabou desviando a atenção dos eleitores na reta final do pleito. A morte de uma jovem de 21 anos com um tiro na cabeça durante uma operação de controle em Paris inflamou ainda mais o debate sobre a ação das forças de ordem.

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