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Eleições legislativas na França podem ter abstenção histórica

A apenas três dias do primeiro turno das eleições legislativas na França, realizado no domingo (12), a imprensa francesa cogita uma possível abstenção recorde.

Caroline Mecary, candidata da coalizão NUPES (Nova União Popular Ecológica e Social) segura santinhos com sua imagem ao lado de Jean-Luc Mélenchon, em campanha pelas eleições legislativas, em uma feira, em Paris, na quinta-feira, 9 de junho de 2022.
Caroline Mecary, candidata da coalizão NUPES (Nova União Popular Ecológica e Social) segura santinhos com sua imagem ao lado de Jean-Luc Mélenchon, em campanha pelas eleições legislativas, em uma feira, em Paris, na quinta-feira, 9 de junho de 2022. REUTERS - STRINGER
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"Abstenção: primeiro partido da França", diz Le Figaro, que traz uma pesquisa de opinião realizada pela consultora Odoxa-Backbone para o jornal, segundo a qual a participação na votação deve ser uma das mais baixas da história recente. Apenas 46% dos franceses devem ir às urnas.

Desinteresse, revolta ou falta de informação, as causas do fenômeno seriam muitas, de acordo com a publicação, e preocupam os partidos. Segundo a pesquisa, os eleitores menos propensos a se abster são os que votam por deputados da base do presidente Emmanuel Macron.

Le Parisien destaca o discurso de Macron, na quinta-feira (9), em campanha no departamento do Tarn, no sul da França. Diante do avanço nas pesquisas da aliança de esquerda Nupes em torno de Jean-Luc Mélenchon, o chefe de Estado atacou a coalizão e pediu uma mobilização e “contra os extremos”, tanto de direita, quanto de esquerda.

Medo da esquerda

A ameaça da esquerda unida "aterroriza a maioria presidencial que tenta diabolizar Jean-Luc Mélenchon às vésperas das eleições legislativas", diz a manchete do Libération.

Para o jornal, o líder da união da esquerda, Jean-Luc Mélenchon, tomou o lugar da candidata da extrema direita derrotada na eleição presidencial, Marine Le Pen, e se impôs como "principal oponente" de Emmanuel Macron.

Libération critica a estratégia do partido do presidente, que utilizaria ataques grosseiros e caricaturas da esquerda, muitas vezes falsas, e até mesmo fake news, para garantir a maioria na Assembleia Nacional. Após o fim da campanha para a eleição presidencial ter mostrado que "nossa democracia está sofrendo” e que há um risco de abstenção recorde no primeiro turno, "a campanha das eleições legislativas merecia melhor", lamenta o jornal.

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