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Novo ministro francês da Solidariedade contesta acusações de violência sexual

A primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, anunciou sua nova equipe de governo na sexta-feira (20) e já deve lidar com denúncias contra um dos membros. O novo ministro francês da Solidariedade, Damien Abad, contestou "com toda a força", neste domingo (22), em comunicado à AFP, as acusações de violência sexual contra ele, relatadas no site independente francês Mediapart.

O novo ministro francês da Solidariedade, Damien Abad, acusado por duas mulheres de violência sexual em entrevista à RFI.
O novo ministro francês da Solidariedade, Damien Abad, acusado por duas mulheres de violência sexual em entrevista à RFI. damien Abad.fr
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De acordo com o Mediapart, duas mulheres acusam Abad de estupro em 2010 e 2011. Em um artigo publicado na noite deste sábado (21), o site relata uma denúncia de supostas agressões sexuais enviada aos partidos A República em Marcha! (LREM) e Os Republicanos (LR) e ao procurador da República pelo Observatório da Violência Sexista e Sexual na Política.

Essa denúncia ocorreu antes de sua nomeação, na sexta-feira, como Ministro da Solidariedade, Autonomia e Pessoas com Deficiência, de acordo com o Mediapart.

“Eu contesto com a toda força essas acusações de violência sexual. Eu contesto ter exercido qualquer forma de coação sobre qualquer mulher. Por fim, contesto qualquer abuso de poder relacionado às funções que ocupei”, afirma Damien Abad, ex-presidente dos deputados do LR. “As relações sexuais que tive ao longo da minha vida sempre foram mutuamente consensuais”, acrescenta.

De acordo com os depoimentos coletados pelo Mediapart, uma das mulheres, de 41 anos, denunciou fatos que teriam ocorrido durante uma festa em 2010. A outra, uma ex-militante centrista de 35 anos, testemunha fatos que teriam ocorrido no início de 2011. O site informa que ela registrou uma denúncia por “estupro” em 2017 contra o deputado, mas o inquérito foi encerrado após investigações superficiais.

Omissão da denunciante

A promotoria de Paris confirmou à AFP que “recebeu em 20 de maio um relatório do Observatório de Violência Sexual e de Gênero”. “E está sendo analisado”, acrescentou. A entidade indicou também “que uma primeira denúncia apresentada por atos de estupro foi indeferida em 6 de abril de 2012 por omissão da denunciante” e que uma “segunda denúncia, apresentada pela mesma denunciante, pelos mesmos fatos, foi indeferida em 5 de dezembro de 2017, após investigação preliminar, por inexistência de infração suficientemente grave”.

Questionada neste domingo, a primeira-ministra Elisabeth Borne declarou ter descoberto as acusações neste sábado. “Posso garantir que se houver novos elementos, se a justiça for novamente acionada, vamos tirar todas as consequências desta decisão", acrescentou à imprensa à margem de uma viagem a Thury-Harcourt, na região de Calvados, no noroeste da França.

(Com informações da AFP)

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