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França se despede de Régine, a rainha da noite que fez sucesso no Brasil nos anos 1970-80

A imprensa francesa homenageia nesta segunda-feira (2) Régina Zylberberg, a rainha da noite francesa que fez sucesso no Brasil com suas boates Regine's nas décadas de 1970 e 1980. A cantora, dançarina e empresária que acolhia em seus clubs o jet-set internacional morreu neste domingo aos 92 anos, em Paris. 

Régine em 1973, em Paris.
Régine em 1973, em Paris. © Getty Images/Patrice Picot
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"Tantas noites, tantas vidas", diz a chamada de capa do jornal Le Parisien, ao anunciar o falecimento da empresária. O diário, que fez duas longas entrevistas com ela em 2015 e 2019, conta que Régine estava em plena forma até o seu aniversário de 90 anos. Mas seu estado de saúde se deteriorou durante a pandemia de Covid-19. A vida para ela também ficou mais triste com a morte do irmão, Maurice, que não resistiu à Covid-19 e faleceu há dois anos, quando estava com 87 anos. Desde outubro passado, Régine, como era chamada, vivia na Casa dos Artistas, um lar para idosos no bairro de Batignolles, em Paris.

Filha de um casal de poloneses judeus, Régine nasceu em Anderlecht, na periferia de Bruxelas. O pai era um jogador inveterado de pôquer e perdeu o negócio familiar, uma padaria, numa aposta mal calculada. Depois, veio com os filhos para Paris. A mãe já tinha abandonado a família para morar na Argentina. Foi percorrendo cassinos com o pai que Régine ganhou gosto pela noite. 

Ela abriu seu primeiro clube noturno Chez Régine em 1957. O sucesso foi tão grande que chegou a ter 23 boates, em Paris, Nova York, Mônaco, Marbelha, e Kuala Lampur, entre outras cidades. No Brasil, Régine's brilhou durante décadas com suas casas noturnas luxuosas no Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador.

Cantora prestigiada

Além de empresária, Régine era uma cantora admirada. Serge Gainsbourg chegou a escrever 17 canções para ela. A mais famosa foi Petit's Papiers, composta em 1965. Le Figaro refere-se a ela como a rainha da noite, que se construiu depois de ter uma infânia difícil. Ela lançou sua carreira de sucesso nos anos de 1950, reunindo o showbizz e ricos empresários de todas as partes do mundo.

"Batalhadora, Régine perdeu seu filho Lionel em 2006, deixando para trás sua neta Daphne e dois bisnetos", escreve o diário. Sem esquecer suas sobrinhas Camille e Julia, filhas de seu irmão Maurice Bidermann, o rei da tecelagem que foi levado pelo coronavírus em março de 2020, completa o Le Figaro.

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