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Ômicron: França suspende máscara ao ar livre e trabalho remoto obrigatório a partir desta quarta

A França aplica a partir desta quarta-feira (2) a primeira etapa de relaxamento das restrições adotadas para combater a epidemia de Covid-19. O uso de máscaras é banido ao ar livre. O público é liberado em estádios e salas de espetáculos, que poderão receber espectadores com a casa cheia. O trabalho remoto três vezes por semana não será mais obrigatório e passa a ser apenas uma recomendação às empresas. 

Uso de máscara ao ar livre e trabalho remoto deixam de ser obrigatórios na França a partir desta quarta-feira (2/2/22).
Uso de máscara ao ar livre e trabalho remoto deixam de ser obrigatórios na França a partir desta quarta-feira (2/2/22). © Pibabay/Engin Akyurt
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O governo francês faz hoje uma nova reunião do Conselho de Defesa Sanitária, para avaliar a evolução da epidemia no país. Mas segundo informações do jornal Le Figaro, tudo indica que o pico da quinta onda foi ultrapassado e, agora, é só aguardar a lenta redução das contaminações.

O número de infecções diárias vem diminuindo desde 26 de janeiro, depois de ter alcançado a média móvel de 360.000 casos por dia. A variante ômicron tornou-se dominante e menos de 1% das contaminações são atribuídas à delta. 

Na região parisiense, a primeira afetada pela ômicron, a queda está mais avançada. O pico de contágios foi atingido em 9 de janeiro e as internações hospitalares, seja em uma unidade de atendimento de rotina ou de cuidados intensivos, vêm diminuindo há vários dias. Em todo o país, enquanto cerca de 350 pessoas foram admitidas em UTIs por volta de 11 de janeiro, agora são 285 pacientes com a forma grave da Covid-19 que ingressam nos hospitais. A queda de internações é ligeiramente menos acentuada para atendimento de rotina. 

Como já ocorre na Dinamarca e no Reino Unido, que suspenderam a maioria das restrições, a França avançará para a segunda etapa de flexibilização prevista para 16 de fevereiro, quando as discotecas – fechadas desde 10 de dezembro – poderão reabrir, os shows com público em pé serão permitidos novamente, assim como o consumo de bebidas e comida nos balcões de bares, estádios, cinemas e transportes.

230 mil imunodeficientes sem proteção

Neste dia de alívio para a maioria da população, o jornal Libération dedica sua reportagem de capa aos imunodeprimidos ou imunodeficientes, que continuarão a sofrer com a pandemia.

As vacinas contra a Covid-19 são praticamente ineficazes para pessoas com o sistema imunitário enfraquecido, seja por patologias como o câncer, ou que necessitam de hemodiálise ou que passaram por transplantes. Cerca de 230 mil pessoas se encontram nessa situação na França, e, para elas, não há luz no fim do túnel, lamenta o Libération. "É um confinamento sem fim", descreve o jornal.

Pelo menos 20 milhões de franceses contraíram o coronavírus desde o início da pandemia, de acordo com o jornal Le Parisien. O veículo tenta calcular quantas pessoas não foram contaminadas até agora, mas é difícil estabelecer um número exato. Isso porque entre os casos positivos existem pessoas que tiveram a Covid-19 mais de uma vez. Outras contraíram o vírus, mas sequer souberam ou foram testadas.

Especialistas que tentam alimentar essas estatatíscas acreditam que 40% a 50% dos 67 milhões de franceses contraíram o Sars-CoV-2, e um número semelhante, cerca de 30 milhões de pessoas, escapou da doença.

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