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Imprensa francesa destaca pronunciamento de Ano Novo de Macron a três meses das eleições

Ainda não oficialmente candidato à reeleição, o presidente francês, Emmanuel Macron, fará seu habitual pronunciamento à nação na noite desta sexta-feira (31). O jornal Le Figaro destaca as expectativas e os assuntos sensíveis desse pronunciamento de Ano Novo, a pouco mais de três meses das eleições presidenciais no país.  

O chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, fará um pronunciamento de Ano Novo na noite desta sexta-feira (31), poucos meses antes das eleições presidenciais no país.
O chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, fará um pronunciamento de Ano Novo na noite desta sexta-feira (31), poucos meses antes das eleições presidenciais no país. © JOHN THYS / AFP
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Le Figaro destaca que, atualmente, Emmanuel Macron se divide em três. O primeiro, chefe de Estado, inteiramente dedicado a administrar a atual gestão da epidemia. O segundo, futuro presidente rotativo do Conselho da União Europeia, a partir deste dia 1° de janeiro, ansioso por registrar no Velho Continente uma marca tricolor francesa. O terceiro, provável candidato, está determinado a buscar a reeleição na próxima primavera europeia.

É tudo isso “ao mesmo tempo” que os franceses vão descobrir em frente à televisão esta noite, para os últimos votos à nação neste mandato. O exercício, tradicional, mas delicado, exigiu uma longa preparação do chefe de Estado. 

O jornal faz uma retrospectiva das "edições" anteriores do discurso de Ano Novo. Em 2017, foi relativamente tranquila e lhe permitiu reafirmar sua veia reformista à época, mas nos anos seguintes, o presidente francês intensificou suas intervenções em contextos tensos. Em 2018, ocorreu em plena crise dos "coletes amarelos". Em 2019, em meio a um protesto generalizado contra a reforma da previdência. E em 2020, durante a segunda onda de Covid-19.

“Em 2021, aconteça o que acontecer, teremos condições de fazer frente às crises”, achou por bem afirmar o líder francês, chegando a prometer “uma nova manhã francesa” no final do primeiro semestre.

Balanço

Na hora de fazer um balanço, o compromisso parece ter sido parcialmente cumprido. A onda da variante ômicron mais uma vez coloca os hospitais públicos à beira da saturação.

Os bons resultados econômicos dos últimos meses parecem ameaçados pela "paralisia" e "desorganização" da sociedade, possíveis já no início do ano. Quanto à coesão social do país, também está por um fio, como evidencia a crescente contestação das medidas do Executivo. 

O discurso desta noite será a hora de explicar, por exemplo, por que ele fez a escolha de não impor toque de recolher ou lockdown neste fim de ano, ao mesmo tempo que, paradoxalmente, deixou aos prefeitos a possibilidade de restabelecer o uso de máscaras ao ar livre. Responder a todos aqueles – e que são muitos – que zombam da proibição de se beber "em pé" em cafés e bares e o acusam de violar desnecessariamente as liberdades públicas. Em resumo, justificar o mérito das arbitragens que lhe cabem como chefe de Estado, e pelas quais, em breve, será responsável como candidato, frisa o Figaro.

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