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Variante ômicron, convidada indesejada do réveillon, leva a cancelamentos de festas pelo mundo

Boa parte do mundo se prepara para uma terceira virada do ano consecutiva sob as restrições geradas pela Covid-19. A variante ômicron, que se espalha a uma velocidade inédita principalmente no hemisfério norte do planeta, leva a cancelamentos de festas de réveillon na última hora, corridas por testagem e proibição de música e aglomerações na noite deste 31 de dezembro.

Preparativos para o Ano Novo se aceleram em Key West, na Flórida. (30/12/2021)
Preparativos para o Ano Novo se aceleram em Key West, na Flórida. (30/12/2021) AP - Rob O'Neal
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Quem esperava que essa virada seria a primeira mais “normal" desde 2020, se enganou. Os contágios diários no mundo ultrapassaram a barreira do milhão, pela primeira vez desde o início da pandemia de coronavírus, devido à aparição da poderosa nova variante, que se torna majoritária nas contaminações em países europeus como França e Portugal.

Apesar dos altos índices de vacinação, países como Estados Unidos, Reino Unido e até a Austrália, que até agora se via relativamente ao abrigo da Covid-19, batem recordes de infecções. De Seul a São Francisco, as celebrações de Ano Novo foram canceladas ou reavaliadas, com restrições de horários e do número de convidados.

Festa entre “Covid positivos"

Na Europa, as autoridades recomendam que as pessoas realizem testes rápidos antes de se reunirem – o que tem levado à desagradável surpresa de se descobrir positivo para a Covid-19 horas antes de comparecer ou organizar uma festa de réveillon. Na França, jovens promovem, de improviso, encontros de “covid positivos” – reunião dos amigos e familiares que, em vez de se resignarem a passar a virada isolados depois do diagnóstico, decidiram se unir com outros que também enfrentam o contratempo e apresentam sintomas leves.

“Estou decepcionado porque tínhamos previsto uma grande festa. Mas dois dos meus amigos também estão com Covid, então vamos fazer uma festa juntos, entre ‘covidados’", afirma o motorista de caminhão Benjamin Gauthier, 29 anos, à AFP. “Eu já não pude passar o Natal com a minha família, mas pelo menos agora tenho uma certa sorte no meu azar, já que não estarei sozinho no réveillon”, diz ele, que testou positivo em 23 de dezembro.

Para Kamie Vincourt, 22 anos, a situação é semelhante: um resultado positivo nesta quarta-feira (29) estragou os seus planos de se encontrar com cerca de 20 amigos, na cidade de Rennes, oeste da França. “Mas somos vários a ter pego a Covid, incluindo meu namorado e a família dele. Faremos então a festa entre nós e, à meia-noite, vou ligar para os outros que estão negativos”, conta a estudante universitária.

Pico de contágios já passou na África do Sul

O contexto atual é preocupante, mas boas notícias chegam da África do Sul, berço da variante ômicron. Com a baixa de casos registrada na semana passada, as autoridades sanitárias do país acreditam que o pico de contágios já passou. A da Secretaria de Saúde da África do Sul indicou uma diminuição de 29,7% no número de novos casos na semana encerrada em 25 de dezembro, em relação aos registrados na semana anterior, de 127.753. A queda levou o governo a suspender o toque de recolher noturno, em vigor da meia-noite às 4h.

A expectativa é de que o mesmo cenário se repita no resto do mundo: algumas semanas de forte alta das contaminações para depois despencarem, sem que o número de mortos volte a explodir, graças à vacinação em curso.

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