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Futebol: jogadora do PSG está sob custódia após suspeita de atacar companheira de clube

A seção feminina do Paris Saint-Germain está abalada após o ataque, na semana passada, a Kheira Hamraoui, vítima de uma violenta emboscada em um caso conturbado em que a sua colega de equipe, Aminata Diallo, foi detida nesta quarta-feira (10).

A alegria da francesa Kheira Hamraoui (ao centro), após vitória com o Barcelona, ​​na final da Liga dos Campeões contra o Chelsea (4-0), no dia 16 de maio de 2021, em Gotemburgo.
A alegria da francesa Kheira Hamraoui (ao centro), após vitória com o Barcelona, ​​na final da Liga dos Campeões contra o Chelsea (4-0), no dia 16 de maio de 2021, em Gotemburgo. Bjorn LARSSON ROSVALL TT News Agency/AFP/Archives
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A custódia policial de Diallo foi estendida por 24 horas, no final da tarde, de acordo com a promotora de Versalhes, Maryvonne Caillibotte. A jogadora poderá permanecer nas instalações da Polícia Judiciária de Versalhes até sexta-feira de manhã.

Em campo, Hamraoui e Diallo disputam uma posição no meio-campo do Paris Saint-Germain, mas também dentro da seleção feminina francesa. Contudo, foi a notícia fora da área esportiva que chamou a atenção para os seus nomes.

Na quinta-feira passada, as duas jogadoras voltaram juntas de um jantar, com Diallo ao volante do carro. O veículo foi parado, Hamraoui desceu e foi "espancada nas pernas com uma barra de ferro" por dois homens que fugiram, detalha o promotor de Versalhes, retomando o depoimento de Hamraoui. A jogadora foi levada ao hospital, onde passou por uma sutura nos ferimentos.

Diallo teria sido retida pelos agressores, mas não vítima de violência física, especificou à AFP uma fonte dentro do clube.

O caso, conhecido por todas os jogadoras, não impediu o PSG de passar de forma brilhante o seu primeiro teste europeu da temporada, terça-feira à noite contra o Real Madrid (4-0) na Liga dos Campeões, à frente de mais de 16.000 torcedores no Parque dos Príncipes.

Diallo jogou no lugar da jogadora agredida

Hamraoui, oficialmente indisponível por "motivos pessoais", havia deixado o seu lugar em campo naquela noite para Diallo, sua “dublê” de clube habitualmente e que jogou quase todo o jogo.

Na manhã desta quarta-feira, Diallo foi detida em Marly-le-Roi (Yvelines) e colocada sob custódia policial pela brigada de repressão ao banditismo da polícia judiciária de Versalhes.  

Em Lyon, um homem "que poderia ter uma ligação com a agressão", também foi colocado sob custódia policial pela polícia judiciária, acrescentou a promotora de Versalhes.

A investigação, desencadeada pela denúncia de Hamraoui e protocolada na sexta-feira pela manhã, foi aberta por violência intencional com interrupção total do trabalho de menos de oito dias, em grupo, com arma (a barra de ferro) e com premeditação.

Aminata Diallo, que falou enquanto estava sob custódia policial, não chamou um advogado, acrescentou o promotor.

Esse acontecimento inesperado fez reagir o clube, que até então considerava Diallo uma das vítimas da agressão.  

O PSG manifestou-se através de um comunicado em que "toma consciência da custódia" da jogadora de meio campo, ao mesmo tempo que condena "com a maior firmeza as violências cometidas" na semana passada.

Rivalidades

Retornando neste verão a Paris, após uma primeira passagem pela capital (2012-2016), Hamraoui se estabeleceu como titular, aos 31 anos.

Há muito desprezada pela treinadora Corinne Deacon, ela foi chamada de volta à seleção francesa em outubro, após dois anos e meio de ausência. Mas ela não pôde honrar a convocação devido a um ferimento.

O rastro de uma rivalidade interna no PSG, apontado por uma fonte do jornal esportivo L'Equipe, reavivou a memória do caso Harding-Kerrigan, que abalou o mundo da patinação artística, antes dos Jogos Olímpicos de Inverno de 1994.

A patinadora americana Nancy Kerrigan, medalhista de prata nessas Olimpíadas, havia sido atacada semanas antes por uma barra de ferro na perna, durante uma emboscada orquestrada pela comitiva de Tonya Harding, uma de suas rivais no gelo.

(Com informações da AFP)

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