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Ex-colaborador de Macron é condenado em escândalo de violência contra manifestantes em 2018

A Justiça francesa condenou nesta sexta-feira (5) a três anos de prisão, entre eles um de uso obrigatório da pulseira eletrônica, o ex-colaborador do presidente francês, Emmanuel Macron, por agredir manifestantes durante uma manifestação do dia 1º de maio, em 2018.

O ex-colaborador do presidente Emmanuel Macron foi condenado a três anos de prisão por agressão contra manifestantes no dia 1° de maio de 2018.
O ex-colaborador do presidente Emmanuel Macron foi condenado a três anos de prisão por agressão contra manifestantes no dia 1° de maio de 2018. Thomas COEX AFP/File
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Com informações do enviado especial da RFI ao Tribunal de Paris, Pierre Olivier, e da AFP

Alexandre Benalla, de 30 anos, também foi declarado culpado pelo uso de passaportes diplomáticos de forma fraudulenta após ter sido demitido, de falsificar um documento para obter um passaporte de serviço, e por porte ilegal de arma em 2017.

"Você foi investido de um certo poder, que era real no tocante às suas funções, mas presumido quanto à sua proximidade com o presidente da República", disse a presidente do tribunal, Isabelle Prévost-Desprez, ao pronunciar a sentença.

"[Você] Traiu a confiança depositada através dessa nomeação", continuou a magistrada, que justificou a condenação com a "gravidade dos diversos fatos, as missões que cumpria, e que exigiam rigor e exemplo".

Os fatos remontam a 1º de maio de 2018. Em uma manifestação marcada por confrontos no centro de Paris, imagens de vídeo mostram Benalla junto às forças de segurança como observador, usando um capacete das forças de ordem.

Ele aparece agredindo manifestantes. O jornal Le Monde revelou o caso poucos meses depois, destacando que Benalla foi punido apenas com uma suspensão de 15 dias e que mantinha um escritório no Eliseu.

A oposição denunciou rapidamente um "assunto de Estado". Os meses seguintes foram marcados por uma chuva de revelações e pelas audiências em comissões parlamentares de inquérito.

Cinco outros processos em curso contra Benalla

A condenação é a primeira contra o ex-colaborador de Macron, que tem outros cinco processos abertos. Ele sempre negou qualquer agressão e disse ter tido uma "reação cidadã" com pessoas "que acabavam de cometer uma infração".

Benalla foi ainda multado em € 500, proibição de exercício na função pública durante 5 anos e interdição de porte de arma durante 10 anos.

Três outras pessoas foram condenadas no caso. Vincent Crase, um policial da reserva, de 48 anos, foi condenado a dois anos de prisão. Os policiais Maxence Creusat e Laurent Simonin foram multados em € 5 mil e três meses de pena suspensa, sem registro criminal. Eles foram acusados ​​de terem transmitido imagens de vídeo de segurança para Alexandre Benalla.

O veredito sobre o escândalo que, junto com os protestos sociais dos "coletes amarelos", abalou a primeira parte do mandato do presidente liberal, chega meses antes da eleição presidencial, prevista para abril e maio de 2022.

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