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Covid-19: Após investir € 240 bi, França anuncia suspensão de ajuda para proteger empresas

As medidas de apoio para ajudar as empresas a atravessarem a crise gerada pela pandemia da Covid-19 e impedir uma quebra generalizada já custaram € 240 bilhões (cerca de R$ 1,47 trilhão) aos bolsos franceses desde março de 2020. Mas o Fundo de solidariedade para as empresas francesas logo chegará ao fim. Prolongado até setembro, o auxílio será suprimido definitivamente em outubro, anunciou nesta segunda-feira (30) o ministro da Economia Bruno Le Maire.

O ministro francês da Economia, Bruno Le Maire, a ministra do Trabalho, Elisabeth Borne, e o ministro encarregado das Pequenas e Médias Empresas, Alain Griset, participam de uma coletiva, após reunião com as federações empresariais no Ministério das Finanças, em Bercy. Paris, 30 de agosto de 2021.
O ministro francês da Economia, Bruno Le Maire, a ministra do Trabalho, Elisabeth Borne, e o ministro encarregado das Pequenas e Médias Empresas, Alain Griset, participam de uma coletiva, após reunião com as federações empresariais no Ministério das Finanças, em Bercy. Paris, 30 de agosto de 2021. REUTERS - SARAH MEYSSONNIER
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Um terço do montante do fundo foi empregado em forma de subvenções e os outros dois terços, em empréstimos, de acordo com Le Maire. O montante dado “às empresas e aos assalariados para proteger seu poder de compra foi de € 80 bilhões”, declarou o ministro à rádio France Inter.

Desde o começo da crise sanitária, mais de 685 mil empréstimos garantidos pelo Estado foram atribuídos, somando € 139,3 bilhões, segundo o Ministério da Economia francês. Outros empréstimos, principalmente participativos, também foram emitidos pelo governo. Já as isenções de encargos chegaram a € 10 bilhões.

Boa saúde

O ministro destacou a boa saúde da economia francesa, que “funciona a 99% de sua capacidade de antes da crise”. Ele enfatiza que a aplicação do passaporte sanitário em lugares que recebem público no começo de agosto “não teve impacto econômico negativo no país”, declarou Le Maire, após uma reunião com organizações patronais.

“Em bares e restaurantes, as despesas com cartão aumentaram 5% na semana de 9 de agosto”, que marcou o início da exigência do passaporte, “e 8% na semana seguinte”, em relação aos mesmos períodos em 2019, destacou o ministro, reconhecendo no entanto “uma ou duas exceções”, como “os shoppings centers”.

Le Maire também garantiu que as empresas em dificuldade continuarão a se beneficiar de apoio do governo por meio de um mecanismo que arcará com os custos fixos e substituirá o Fundo solidário a partir de 1° de outubro. A nova ajuda será extensiva a todas as empresas do setor do turismo e relacionadas.

Ajudas específicas

O Fundo solidário, que estava previsto até agosto, será prolongado durante o mês de setembro com as mesmas condições: uma compensação de 20% sobre o valor da receita. Mas, para isto, é preciso que, pelo menos durante o último mês, as empresas tenham realizado no mínimo 15% do faturamento de antes da crise. O governo quer evitar, com isso, que as empresas fiquem totalmente inativas.

A ajuda generalizada deixa de existir, mas o governo da França promete manter aportes específicos para empresas em dificuldade. Esses planos de ação específica vão ser disponibilizados para três setores: o de eventos, as agências de turismo e os profissionais do turismo de montranha, segmentos com grande dificuldade de retomar suas atividades.

(Com informações da AFP)

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