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Macron diz que "todos os franceses que desejarem" serão vacinados até o segundo semestre de 2021

O presidente francês, Emmanuel Macron, fez uma série de anúncios nesta terça-feira (2) sobre a imunização da população contra a Covid-19. As declarações foram feitas após uma reunião com grandes laboratórios farmacêuticos franceses e europeus. 

O presidente francês, Emmanuel Macron, durante reunião com representantes de laboratórios farmacêuticos nesta terça-feira (2).
O presidente francês, Emmanuel Macron, durante reunião com representantes de laboratórios farmacêuticos nesta terça-feira (2). AP - Ian Langsdon
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Em entrevista ao canal TF1, Macron apresentou uma perspectiva otimista à população. Segundo ele, "até o final do verão do Hemisfério Norte" - início do segundo semestre de 2021 - todos os franceses que desejarem serão vacinados. "É exatamente o mesmo ritmo e a mesma solução proposta por nossos vizinhos alemães e nossos vizinhos europeus", destacou.

O presidente francês também prevê que, no início de março, 80% dos idosos que vivem em casas de repouso já estarão imunizados. De acordo com os cálculos de Macron, isso representaria cerca de 500 mil pessoas. "Atualmente, continuaremos a nos concentrar nos mais frágeis, ou seja, as pessoas idosas e nossos conterrâneos mais vulneráveis", explicou. 

Outra notícia positiva ao país diz respeito à produção de vacinas. Segundo o chefe de Estado, entre o final de fevereiro e o início de março, quatro laboratórios farmacêuticos começarão a produzir vacinas contra a Covid-19 na França. Macron garantiu ter assegurado 2,3 bilhões de doses ao país: "Esperamos fazer ainda mais".

As declarações do presidente foram feitas no final de uma reunião com representantes de grandes laboratórios farmacêuticos franceses e europeus. A presidência não revelou, no entanto, o nome dessas empresas.

A França vem vacinando a população com os imunizantes da Pfizer/BioNTech e da Moderna. Nesta terça-feira, a Alta Autoridade de Saúde aprovou o fármaco da AstraZeneca/Oxford, mas não para indivíduos acima de 65 anos.

Apelo aos franceses

Macron também fez um apelo para que a população permaneça "extraordinariamente responsável" diante da Covid-19 para evitar um terceiro lockdown. "Não é nossa estratégia de vacinação que permitirá evitar a curto prazo um lockdown ou não. É a nossa mobilização geral, ou seja, a nossa capacidade de manter os gestos básicos de proteção e de respeitar o triplo objetivo de testar, acompanhar e proteger", reiterou.

Segundo ele, é necessário pensar coletivamente: "Vamos continuar controlando essa epidemia, com o objetivo de proteger os mais fracos e o nosso sistema de saúde", além de "proteger também a nossa juventude, que precisa estudar e ir à escola". "Vamos tentar manter o país o mais aberto possível, apesar do vírus", concluiu. 

O governo francês surpreendeu os cidadãos, na semana passada, ao não optar por um terceiro lockdown, apesar de registrar uma média diária de 20 mil novos casos de Covid-19 e centenas de mortos por dia. No entanto, o primeiro-ministro francês, Jean Castex, anunciou o fechamento das fronteiras a viajantes de países exteriores à União Europeia, além da interrupção das atividades de grandes centros comerciais.

Outras medidas podem ser anunciadas na quarta-feira (3), após um novo conselho de defesa sanitária que será realizado no Palácio do Eliseu, sede da presidência da França.

Quase 77 mil mortos

A França contabiliza 76.916 mortos por Covid-19 desde o início da crise sanitária, declarada em março de 2020. Segundo dados divulgados nesta terça-feira pela agência de saúde pública do país, em 24 horas, foram registrados 404 óbitos. 

Dentro deste período, a quantidade de pessoas hospitalizadas aumentou em 155, de um total de 28.029 pacientes nos hospitais franceses. Já o número de doentes nas UTIs aumentou em 52 em 24 horas, de um total de 3.270.

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