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Um pulo em Paris

Hotéis e restaurantes de Paris temem impacto da greve no Réveillon

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Às vésperas da virada do ano, os comerciantes parisienses, acostumados a receber milhares de visitantes para celebrar o Réveillon, temem o impacto do movimento de greve contra a reforma da Previdência, que já dura mais de 20 dias. Hotéis tradicionalmente lotados nessa época registram queda nas reservas e restaurantes se preparam para uma baixa no faturamento na noite de 31 de dezembro.

Parisieses se preparam para a festa da virada, mas hotéis e restaurantes já esperam uma queda nas reservas para o Réveillon (imagem de ilustração)
Parisieses se preparam para a festa da virada, mas hotéis e restaurantes já esperam uma queda nas reservas para o Réveillon (imagem de ilustração) REUTERS/Gonzalo Fuentes
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“Nosso índice de ocupação até agora é de 70%, quando normalmente deveríamos já estar lotados”, explica Franck Landragin, diretor de um grupo de nove hotéis cotados em Paris. “Os clientes não sabem se vão conseguir chegar na cidade ou se encontrarão um taxi em razão da greve nos transportes. Então, muita gente hesita antes de confirmar a viagem”, comenta. “Os hotéis de três ou quatro estrelas constatam uma baixa nas reservas e muitos restaurantes não estarão cheios no Réveillon”, confirma Franck Delvau, co-presidente da União da indústria hoteleira, principal organização do setor.

Os donos de restaurantes são mais otimistas, mesmo se alguns já registraram uma queda nos pedidos de mesas para a noite de 31 de dezembro. O tradicional cabaré Moulin Rouge, que propõe um espetáculo acompanhado de um jantar para a virada a partir de € 500 – cerca de R$ 2.200 –, constatou uma baixa, principalmente na presença da clientela francesa, já que muitos usam o sistema de transporte ferroviário, bastante afetado pela mobilização.

No entanto, os profissionais do setor insistem que esse mês de dezembro ainda está sendo considerado bem mais lucrativo que o mesmo período de 2018, quando as manifestações dos “coletes amarelos”, acompanhadas de confrontos violentos cujas imagens rodaram o mundo, afugentaram os turistas no final do ano.

Virada na Champs-Élysées

Apesar desse contexto, a prefeitura de Paris já prepara a celebração da virada na Champs-Élysées, avenida mais famosa da cidade. Um espetáculo de luzes e imagens projetadas no Arco do Triunfo estão previstos em um evento que conta este ano com o apoio da maison de alta-costura Christian Dior.

A prefeitura também prevê uma queima de fogos, algo raro em Paris no Ano Novo, já que os espetáculos pirotécnicos no país acontecem principalmente em 14 de julho, festa nacional francesa.

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