Número de falências na UE atinge maior nível desde 2015
O número de empresas falidas na União Europeia (UE) aumentou 8,4% durante o segundo trimestre de 2023, em comparação com o primeiro trimestre, mais um aumento pelo sexto trimestre consecutivo, segundo anunciou na quinta-feira (17) o Eurostat, organização estatística da Comissão Europeia. Este é o nível recorde desde 2015.
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Os setores mais afetados são o de hotelaria e bares e restaurantes, que viram as declarações de falências aumentarem em 23,9% em relação ao primeiro trimestre, seguido do setor do transporte e armazenamento, que apresentaram alta de 15,2%. Na educação e atividades sociais, o aumento das falências foi de 10,1%.
O número de declarações de falência foi maior no segundo trimestre de 2023 do que no último trimestre de 2019, pouco antes da pandemia de Covid-19. Durante a crise sanitária, o número de falências diminuiu graças às medidas de apoio público tomadas pelos governos para evitar insolvências.
O maior aumento de falências entre esses dois períodos também é observado no setor de hospedagem e de restaurantes, com um aumento de 82,5%. O número de falências caiu em apenas dois setores, indústria (-11,5%) e construção (-2,7%), entre o final de 2019 e o segundo trimestre de 2023, informa o Eurostat.
Entre os países com mais registros de falências no segundo trimestre de 2023, a Espanha ocupa o topo da escala da Eurostat. Nestes dados, o organismo contabiliza o número de entidades que iniciaram o processo de declaração de falência, mediante declaração judicial, em qualquer momento do trimestre em vigência. Porém, esta declaração pode ser provisória e nem sempre significa o fim da atividade, alerta o Eurostat.
Em segundo lugar está a Eslováquia e em terceiro a Hungria. Ambos com dados estimados. A Islândia fica na quarta posição e a Dinamarca em quinto.
Portugal e Malta escaparam do maior pico de falências na UE desde 2015, ambos os países beirando zero na escala. Embora seja obrigatório comunicar os dados nacionais desde 2021, Irlanda e Alemanha não apresentam resultados.
Situação da França
A instituição informa que o número cumulativo de declarações de falência nos últimos doze meses no final de julho chegou a 49.863, contra um nível médio no período 2010-2019, antes da pandemia de covid-19, que contabilizou 59.342 empresas falidas.
(Com AFP)
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