Acessar o conteúdo principal

Mais de mil pessoas deixam suas casas em Portugal devido a incêndios florestais

Centenas de bombeiros lutam nesta terça-feira (8) contra o fogo que atinge florestas no sul de Portugal. Milhares de hectares foram destruídos e mais de mil pessoas já tiveram que deixar suas casas.

Um incêndio florestal no centro de Portugal devastou uma área de 7 mil hectares e deixou pelo menos 11 feridos no domingo (6), informou a defesa civil, em alerta devido aos riscos do aumento das temperaturas em todo o país.
Um incêndio florestal no centro de Portugal devastou uma área de 7 mil hectares e deixou pelo menos 11 feridos no domingo (6), informou a defesa civil, em alerta devido aos riscos do aumento das temperaturas em todo o país. AFP - PATRICIA DE MELO MOREIRA
Publicidade

O principal incêndio começou no sábado (5) em Odemira (Alentejo) e avançou para o sul, na direção de Algarve, uma das regiões mais turísticas do país. De acordo com as últimas informações divulgadas, cerca de 1,4 mil pessoas já foram retiradas de suas casas e pelo menos 850 bombeiros, auxiliados por seis aviões, estão mobilizados para tentar apagar as chamas que já destruíram pelo menos 7 mil hectares de floresta. 

As altas temperaturas e os ventos fortes dificultam a ação dos bombeiros. José Ribeiro, comandante da Autoridade Regional de Emergência e Proteção Civil, confirmou que as condições meteorológicas são um verdadeiro desafio na luta contra os incêndios. “Essa situação é preocupante”, declarou ele diante de jornalistas na segunda-feira (7).

As temperaturas devem baixar um pouco nesta terça-feira. Mas o termômetro pode superar os 40ºC nesta semana em algumas zonas de Portugal.

Outro foco foi registrado em Monchique, uma zona montanhosa e turística da Algarve que já havia sido alvo de graves incêndios em 2018. Moradores de pelo menos 19 vilarejos, inclusive um em Monchique, foram retirados por medida de precaução. Zonas de acampamento também foram esvaziadas e diversas estradas estão bloqueadas.

A região de Leiria, no centro do país, também foi palco de incêndios nos últimos dias. Mas o fogo perdeu força na noite de segunda para terça-feira, após ter destruído cerca de 7 mil hectares de floresta.

As autoridades portuguesas afirmaram que 120 municípios estavam ameaçados pelos incêndios.

Espanha também sofre com o fogo

A Espanha também vem sendo atingida por incêndios florestais. Mais de mil hectares pegaram fogo durante o fim de semana e um novo grande foco foi registrado na segunda-feira na região de Estremadura, perto da fronteira com Portugal.

Grande parte do território espanhol ativou alertas na segunda-feira para a chegada de uma nova onda de calor, a terceira deste verão. Diversas províncias da Andaluzia (sul), Castilla-La Mancha (centro) e Estremedura (oeste) estão em alerta laranja, com temperaturas que podem chegar a 43ºC, de acordo com a Agência Meteorológica do Estado (Aemet).

O Aemet estima que quarta-feira (9) será o "dia de pico deste episódio", quando as temperaturas podem alcançar ou superar os 42-44ºC em diversas áreas da metade sul e centro do país, e há um alerta vermelho na capital espanhola e em Jaén (sudeste).

"Em Madri será possível ultrapassar os 42ºC a 43ºC e os 44 ºC em Jaén", alertou a agência meteorológica.

O serviço europeu Copernicus confirmou nesta na terça-feira que julho de 2023 foi o mês mais quente já registrado no planeta Terra, um recorde com "consequências desastrosas", afirmam os especialistas. O boletim confirma a expectativa que os cientistas já tinham revelado e que levou autoridades a falarem que entramos em um estágio posterior ao aquecimento global.

(Com informações da AFP)

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.