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Grécia: fim de semana de altas temperaturas; onda de calor pode ser a mais longa já registrada

Os termômetros na Grécia estão batendo na casa dos 40°C há pelo menos dez dias e as ondas de calor se sucedem. Os bombeiros trabalham para apagar uma série de incêndios em todo o país, enquanto os gregos sofrem com as altas temperaturas, especialmente na área metropolitana de Atenas, onde se concentra quase um terço da população. Neste sábado (22), o Observatório Meteorológico Nacional apontou que a atual onda de calor no país é "provavelmente" a mais longa já registrada em sua história. 

Locais turísticos como a Acrópole - símbolo da Grécia - voltam a fechar parcialmente este fim de semana devido ao calor.
Locais turísticos como a Acrópole - símbolo da Grécia - voltam a fechar parcialmente este fim de semana devido ao calor. AP - Petros Giannakouris
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Com informações do correspondente em Atenas, Joël Bronner.  

Na Grécia, uma palavra resume muita coisa: “tsimedoùpoli”. Esse é o apelido que os gregos dão a Atenas, sua capital, e significa “cidade de concreto”. Uma maneira de resumir em uma palavra a alta densidade habitacional e a falta de áreas verdes que caracterizam a capital grega.   

Segundo dados do Eurostat, o centro de Atenas é a segunda capital mais densamente povoada da Europa, logo depois de Paris. Concreto, asfalto e ar-condicionado funcionando a todo vapor em apartamentos antigos e muitas vezes mal isolados fazem uma cidade como Atenas se transformar em uma verdadeira ilha de calor. 

Se normalmente os espaços verdes ajudam a baixar parcialmente as temperaturas, na capital grega eles são raros: pouco mais de 10% da superfície da cidade é coberta por árvores. Alguns projetos, como a criação de “corredores verdes”, devem melhorar um pouco a situação. Mas por enquanto, as prioridades políticas parecem estar mais voltadas para os investimentos e as novas construções do que para o rápido estabelecimento de espaços verdes adicionais.  

Acrópole fechada nos horários mais quentes  

Os cerca de 650 mil habitantes da capital terão, portanto, ainda de dar mostras de engenhosidade para se refrescarem, já que este fim de semana “corre o risco de ser o mais quente registado em julho, nos últimos cinquenta anos”.

"De acordo com nossos dados, é provável que experimentemos uma onda de calor de 16 a 17 dias, o que nunca aconteceu antes em nosso país", disse Kostas Lagouvardos, um dos principais meteorologistas do país.

Este fim de semana pode ser o mais quente dos últimos 50 anos, também alertou Panagiotis Giannopoulos, meteorologista da emissora estatal ERT. De acordo com o Serviço Meteorológico Nacional, este domingo os termômetros poderão ultrapassar os 45 graus, no centro do país.

Na sexta-feira (21), já foram registradas temperaturas em torno de 45°C no país. 

Essas condições infernais também impactam o turismo, setor importante para a economia grega. A Acrópole - símbolo turístico da Grécia - voltará a fechar aos visitantes nas horas mais quentes deste fim de semana. “Chegamos bem cedo ao local, é bem legal, mas o calor é sufocante. Temos três garrafas de água fresca, chapéus, protetor solar. Estamos equipados como nunca para poder enfrentar o calor”, conta um pai de família que visitava o monumento, esta manhã.  

Outros sítios arqueológicos serão afetados por essas mesmas restrições. "Precisamos de vigilância absoluta porque os tempos difíceis não acabaram", alertou o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis. 

 

(Com AFP)

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