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Itália: enchentes causam prejuízos de bilhões de euros no início da temporada de turismo

As inundações que atingiram o centro-norte da Itália continuam fazendo vítimas. O número de mortos chega a 14 vítimas e os danos são estimados em vários bilhões de euros na região turística e industrial da Emilia-Romagna. A chuva parou, mas as cheias dos rios continuam ameaçando os moradores. Mais de 20 mil pessoas tiveram que ser retiradas de suas casas. A estação ferroviária de Bolonha, a capital regional, foi inundada.

Quatorze mortos, municípios devastados e agriculturas arrasadas: a região de Emilia-Romagna, conhecida como "o pomar da Itália", lamentava nesta quinta-feira danos consideráveis ​​causados ​​por inundações de rara intensidade, sinais da "tropicalização" do clima mediterrâneo, de acordo com as autoridades.
Quatorze mortos, municípios devastados e agriculturas arrasadas: a região de Emilia-Romagna, conhecida como "o pomar da Itália", lamentava nesta quinta-feira danos consideráveis ​​causados ​​por inundações de rara intensidade, sinais da "tropicalização" do clima mediterrâneo, de acordo com as autoridades. REUTERS - ANTONIO DENTI
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Anne Tréca, correspondente da RFI em Roma

A previsão do tempo indica que o pior já passou, pelo menos desta vez. A chuva acalmou na região da Emilia-Romagna, mas os serviços de emergência continuam a funcionar com reforços de bombeiros, agentes da defesa civil e soldados de toda a Itália.

A situação ainda é dramática, como mostram as Imagens aéreas da região. Há 400 estradas bloqueadas, pontes desabaram ou ameaçam ceder. A rodovia foi liberada na quinta-feira (18), mas o trânsito ainda está muito complicado. Dezenas de cidades continuam inundadas.

Não se sabe exatamente quantas casas estão destruídas, ou simplesmente inabitáveis. A urgência é restabelecer a eletricidade de 34 mil residências. 

"É o fim do mundo! ", escreveu no Facebook o prefeito de Forlì, um dos municípios mais afetados. O governador da região, Stefano Bonaccini, compara a um outro terremoto, evocando o que aconteceu há 11 anos e que vitimou 28 pessoas na mesma região.

A Emilia-Romagna é uma das regiões mais ricas da Itália. Com um setor industrial forte, agricultura e turismo muito importantes para a economia nacional. Várias vozes da sociedade civil acusam as autoridades não terem preparado a região para adaptar-se às alterações climáticas.

Condições extremas

Após dois anos de seca excepcional, a região é confrontada agora com chuvas torrenciais. Há quinze dias, caiu o equivalente a quatro meses de chuva, em trinta e seis horas. Desta vez, é o equivalente a sete meses de chuva, em pouco mais de vinte e quatro horas.

A sucessão desses fenômenos extremos, que não eram comuns na região, tem gerado inúmeros desastres. A terra está muito seca e não absorve mais a água. Todos os rios saíram de seus leitos e o mar revolto os impediu de fluir.

Moradores contam que a água subiu 1,5 m em apenas 10 minutos. Outros estavam em uma rua comercial e dizem que foram perseguidos por uma torrente de lama, como nunca tinha visto.

Bilhões de euros em danos

Ainda é difícil prever quando a situação voltará ao normal e o custo dos danos causados ​​pelas enchentes. Tudo depende do tempo que a água vai levar para baixar e o que deixará para trás. O governador da região fala em prejuízos de bilhões de euros. O sindicato dos agricultores contabilizou 5.000 propriedades agrícolas submersas.

O governo já prometeu ajuda excepcional, e os detalhes serão discutidos na terça-feira (23) em uma reunião especial. No início da colheita hortícola e da estação turística, para a economia da Emilia-Romagna as chuvas não poderiam ter vindo em pior momento.

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