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Navio com 400 migrantes está à deriva no Mediterrâneo, sem combustível nem capitão, alerta ONG

Um navio com cerca de 400 pessoas a bordo está à deriva entre Malta e a Líbia em condições de alto risco, com água entrando pelo convés e sem combustível. O alerta foi dado à linha de apoio a emergências Alarm Phone neste domingo (9), num momento de forte alta das tentativas de travessias de barcos de migrantes no mar Mediterrâneo, saindo do norte da África em direção à Europa.

Em foto de 25 de março de 2023, migrantes são socorridos perto de Bari, na Itália, pela ONG Médicos Sem Fronteiras.
Em foto de 25 de março de 2023, migrantes são socorridos perto de Bari, na Itália, pela ONG Médicos Sem Fronteiras. REUTERS - DARRIN ZAMMIT LUPI
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A Alarm Phone anunciou no Twitter que recebeu uma ligação de um barco que partiu de Tobruk, Líbia, no sábado (8) à noite. As autoridades foram alertadas, mas nenhuma operação de resgate foi lançada, acrescenta a organização, segundo a qual as pessoas estão em pânico a bordo e várias necessitam de cuidados médicos.

O navio está sem combustível e seu convés inferior tem infiltrações. Além disso, o capitão abandonou o barco e ninguém a bordo é capaz de comandá-lo, segundo a Alarm Phone, que especifica que o navio está agora dentro da zona de busca e salvamento de Malta.

As autoridades maltesas ainda não se manifestaram sobre o caso. A ONG alemã Sea-Watch International indicou, pelo Twitter, que está conduzindo buscas por barcos em apuros no Mediterrâneo, incluindo o relatado pelo Alarm Phone.

Outra ONG, a Resqship, também da Alemanha, informou que pelo menos 23 migrantes morreram na noite anterior em mais um naufrágio no Mediterrâneo.

Casos em alta

Na semana passada, 440 migrantes foram resgatados no mar de Malta após uma complexa operação realizada em mar agitado, pelo navio humanitário Geo Barents, da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF).

Além disso, pelo menos 23 migrantes africanos estão desaparecidos e quatro morreram no sábado, quando seu barco afundou na costa da Tunísia, enquanto tentavam chegar na Itália. Conforme testemunhos recolhidos pela Justiça, 37 migrantes tinham "saído da costa norte de Sfax em dois barcos quando um deles naufragou na tarde de sexta-feira", disse à AFP Fauzi Masmudi, um porta-voz do tribunal da cidade, no centro-leste do país.

Na sexta-feira, a Guarda Nacional anunciou ter resgatado ou interceptado "14.406 pessoas, das quais 13.138 vinham da África subsaariana e o restante eram tunisianas", ao longo dos primeiros três meses do ano. O número é mais de cinco vezes superior ao registado no mesmo período de 2022.

De acordo com o Ministério do Interior italiano, mais de 14 mil migrantes chegaram à Itália desde o início do ano, em comparação com pouco mais de 5,3 mil no mesmo período do ano passado e 4,3 mil em 2021.

Com informações de Reuters e AFP

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