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Para imprensa francesa, EUA e Europa saem engrandecidos após um ano da invasão russa na Ucrânia

A visita do presidente norte-americano, Joe Biden, à Europa no mesmo momento em que Vladimir Putin faz seu discurso anual sobre o estado da Federação para uma plateia de deputados, senadores e militares russos é longamente analisada pela imprensa francesa nesta terça-feira (21).

A imagem do presidente dos EUA, Joe Biden, ao lado do líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, na segunda-feira em Kiev, geraram forte impacto pelo apoio do governo americano à Ucrânia independente e à Europa.
A imagem do presidente dos EUA, Joe Biden, ao lado do líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, na segunda-feira em Kiev, geraram forte impacto pelo apoio do governo americano à Ucrânia independente e à Europa. AP - Evan Vucci
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O jornal progressista Libération diz que "em uma era em que as imagens têm mais valor do que as palavras, a visita de Biden a Kiev serviu para mostrar a Putin que atacar a Ucrânia representa o mesmo que atacar os Estados Unidos". A guerra relâmpago planejada inicialmente por Moscou se transformou, aos poucos, num atoleiro que já matou mais de 200 mil soldados e mercenários russos enviados à força para a linha de combate, constata o jornal francês. 

Enquanto os críticos verão na presença de Biden na Ucrânia mais uma provocação inútil, o Libération considera que, nesta semana, o "Ocidente deve permanecer firme e unido, mais do que nunca"

Em seu editorial, o conservador Le Figaro diz que se Biden e Putin se enfrentassem num ringue de boxe, o norte-americano teria poucas chances de vitória. Mas "no critério da cabeça mais fria, no contexto inflamável de um conflito armado, o frágil octogenário americano pode se orgulhar de ter cometido poucos erros até agora". 

A visita de Biden a Kiev na segunda-feira (20), na virada de um ano de resistência à invasão russa, consagra o chefe da Casa Branca como o guardião da Ucrânia independente e padrinho do Ocidente, escreve Le Figaro. Representa também um desafio para Moscou, "que contava com a covardia e a divisão das democracias que adormecem em sua prosperidade". Na opinião do diário, por enquanto, Kiev e os europeus não têm melhor ponto de apoio do que o presidente norte-americano em tempos de guerra.

Em uma série de reportagens especiais sobre o primeiro ano do conflito, Le Monde mostra que a guerra na Ucrânia provocou um choque econômico histórico na União Europeia, obrigando o bloco a reduzir em um tempo recorde sua dependência do gás e do petróleo russos. Mas isto acabou ajudando o bloco a aumentar suas ambições climáticas e a investir na transição energética. Segundo o jornal, as emissões de carbono na Europa caíram 0,8% em um ano de conflito, atingindo em novembro o nível mais baixo em 30 anos. 

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