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Com 1,5 milhão de ucranianos, Polônia prepara discurso de Biden para multidão em local simbólico

Após surpreender o mundo com uma visita a Kiev na semana que marca um ano de guerra na Ucrânia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, será recebido na Polônia pelo presidente Andrzej Duda para uma visita muito simbólica. O país acolhe quase um milhão e meio de ucranianos refugiados desde a invasão russa.

Após a visita surpresa a Kiev, o presidente norte-americano Joe Biden vai a Varsóvia
Após a visita surpresa a Kiev, o presidente norte-americano Joe Biden vai a Varsóvia REUTERS - EVELYN HOCKSTEIN
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Os refugiados são esperados para assistir o discurso de Biden no Castelo Real, em Varsóvia. A escolha do local é simbólica, pois o castelo foi destruído durante a Segunda Guerra Mundial e totalmente reconstruído após o conflito. Mesma reconstrução que será necessária em tantas cidades ucranianas.

Joe Biden deve ser recebido como uma estrela. O Castelo Real ganhou telões gigantes ao seu redor no final de semana para que o discurso do norte-americano seja assistido por uma multidão. A expectativa é que haja milhares de ucranianos nas ruas na terça-feira (21) para ouvir o compromisso dos Estados Unidos com a Ucrânia.

A data escolhida é a mesma em que está previsto um discurso solene do presidente russo Vladimir Putin. De acordo com o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, o presidente deve neste discurso mandar uma mensagem também aos russos e, em especial, a Putin.

Trabalhadores instalam bandeira dos Estados Unidos em frente ao Castelo Real de Varsóvia, em 19 de fevereiro de 2023. O presidente norte-americano, Joe Biden, fará um discurso sobre a Guerra na Ucrânia
Trabalhadores instalam bandeira dos Estados Unidos em frente ao Castelo Real de Varsóvia, em 19 de fevereiro de 2023. O presidente norte-americano, Joe Biden, fará um discurso sobre a Guerra na Ucrânia AP - STF

Polônia, aliada nas mais duras horas

Esta é uma visita histórica para a Polônia. É a primeira vez que um presidente dos Estados Unidos volta ao país em menos de um ano. Biden esteve na Polônia em março de 2022.

Os dois países têm trabalhado lado a lado desde o início da guerra na Ucrânia, como membros da Otan. 

Desde a invasão russa, a vizinha Polônia tem ajudado efetivamente os ucranianos. O governo foi um dos primeiros a enviar equipamentos modernos de guerra, substituídos mais tarde pela ajuda das armas norte-americanas.

Também foi a Polônia quem pressionou a Alemanha para permitir que os aliados da Otan enviassem tanques Leopard para a Ucrânia.

A visita de Biden é uma demonstração de agradecimento dos Estados Unidos por todos os esforços poloneses, inclusive o de acolher a grande onda de refugiados. 

Mais proteção às fronteiras com a Rússia

Durante a visita, que vai até quarta-feira (22), Biden conversará com representantes dos nove países do Leste que fazem parte da Otan. O grupo de Bucareste deve discutir estratégias e o comportamento que estes países, a maioria fronteiriça com a Rússia, deve adotar no conflito. 

Varsóvia espera que as tropas aliadas, principalmente as norte-americanas, fiquem permanentemente em seu território para proteção do país. A possibilidade havia sido mencionada pelo governo norte-americano em junho do ano passado.

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