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Grécia: Incêndio florestal na ilha de Lesbos obriga a retirada de turistas e moradores

Turistas e moradores foram retirados de uma estação balneária popular da ilha grega de Lesbos, neste sábado (23), depois que um incêndio florestal destruiu casas em Vatera. A praia de oito quilômetros fica localizada na parte sul da ilha e os bombeiros lutam para apagar as chamas.

Bombeiros combatem as chamas perto de área turísitca de Lesbos, na Grécia. Sete aviões e um helicóptero foram usados na operação.
Bombeiros combatem as chamas perto de área turísitca de Lesbos, na Grécia. Sete aviões e um helicóptero foram usados na operação. REUTERS - ELIAS MARCOU
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Sete aviões e um helicóptero foram usados para combater o incêndio, mas as autoridades locais ainda aguardavam a chegada de reforços do norte da Grécia.

O incêndio foi deflagrado por volta das 10h locais (5h em Brasília) e se alastrou em duas frentes: uma para a aldeia de Vrisa e outra para o interior de Vatera.

O prefeito de Lesbos Oeste, Taxiarchis Verros, ordenou a retirada da população dessa movimentada região turística por medida de precaução. A medida foi uma orientação dos bombeiros, segundo informou a agência de notícias grega ANA. Ele não especificou o número de pessoas evacuadas, mas vários ônibus e pequenas embarcações participaram da operação.

Pelo menos duas casas foram devastadas pelas chamas, segundo a televisão estatal ERT.

Parque natural ameaçado

Este sábado também foi o terceiro dia de combate a um violento incêndio no Parque Nacional Dadia, uma das maiores reservas naturais do país. O local é conhecido pela sua colônia de abutres e fica na região de Evros, no nordeste da Grécia.

De acordo com os serviços de emergência, a espessa fumaça liberada pelas chamas impediu a intervenção dos aviões de combate a incêndio.

Na quarta-feira (27), um incêndio florestal nas montanhas perto de Atenas danificou casas e forçou várias centenas de pessoas a deixarem suas residências.

Homenagem

O pior desastre florestal na Grécia ocorreu em 2018, no subúrbio costeiro de Mati, quando um incêndio matou 102 pessoas, a poucos quilômetros da área afetada na última quarta-feira. Uma homenagem às vítimas foi prestada neste sábado (23), na cidade de Mati.

No ano passado, uma onda de calor e incêndios florestais destruiu 103.000 hectares de mata e deixaram três mortos na Grécia.

A proliferação de eventos climáticos extremos é uma consequência direta do aquecimento global, alertam os cientistas, com as emissões de gases de efeito estufa aumentando em intensidade, duração e frequência.

UE tem mais áreas queimadas em 2022 do que em todo 2021

Nos 27 países da União Europeia (EU), os incêndios devastaram um total de 517.881 hectares desde o início de 2020 (dados de 16 de julho), ou seja, pouco mais de 5.000 km2, equivalente à superfície de um departamento francês como Mayenne, no país do Loire, ou as ilhas de Trinidad e Tobago, no Caribe.

Durante todo o ano de 2021, marcado por inúmeros incêndios na Itália e na Grécia, 470.359 hectares (4.700 km2) foram queimados nos países da UE, segundo dados compilados pelo Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (Effis).

Se a tendência se mantiver, 2022 poderá igualar ou ultrapassar 2017, o pior ano registado na UE desde a criação do Effis, em 2000, quando 988.087 hectares de vegetação desaparecerem na fumaça, ou seja, cerca de 10.000 kmou a área de um país como o Líbano.

(Com informações da AFP e RFI)

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