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Milhares de pessoas dizem “não” à guerra na Ucrânia nas ruas de Paris

Este sábado (5), décimo dia da invasão russa à Ucrânia, foi mais um dia de protestos em várias cidades do mundo contra a guerra. Na Europa, em Londres, Paris, Roma ou Zurique, milhares de manifestantes saíram às ruas para dizer “não” à guerra e mostrar solidariedade ao povo ucraniano.

Milhares de pessoas participaram a manifestação em Paris neste sábado, 5 de março de 2022, contra a guerra na Ucrânia e em solidariedade ao povo ucraniano.
Milhares de pessoas participaram a manifestação em Paris neste sábado, 5 de março de 2022, contra a guerra na Ucrânia e em solidariedade ao povo ucraniano. REUTERS - JOHANNA GERON
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As cores amarelo e azul da bandeira ucraniana dominaram a manifestação parisiense. O protesto reuniu milhares de pessoas e ocupou uma grande área do centro da capital francesa, da Praça da República até a Praça da Bastilha. Segundo a polícia, 16.000 pessoas estavam presentes.

Em entrevista à RFI, o georgiano radicado em Paris Paata G. disse que participou da manifestação para “apoiar a luta do povo ucraniano pela independência e direito de viver como eles querem, e para mostrar aos ucranianos que eles não estão sozinhos, que o mundo está com eles”.

Ele teme que, se as tropas russas não forem barradas na Ucrânia, o próximo passo do presidente russo será uma nova invasão da Geórgia. “Vim condenar o que Putin está fazendo”, afirmou o manifestante, que se referiu à Rússia como o “império do mal”.

"Faremos manifestações todos os fins de semana, em Paris ou qualquer outro lugar, até que Putin vá embora, retire seus tanques", declarou Aline Le Bail-Kremer, integrante da 'Stand With Ukraine', uma das organizações que convocou a manifestação na capital francesa.

Candidatos à presidência

Dois candidatos à presidência francesa, o ecologista Yannick Jadot e a socialista Anne Hidalgo, participaram do protesto parisiense. Jadot denunciou a “cumplicidade inaceitável” da companhia petrolífera Total com a Rússia. Segundo ele, o grupo é a “última multinacional do petróleo e do gás que continua presente no país”, após a invasão da Ucrânia.

A socialista Hidalgo ressaltou a importância das manifestações, tão necessárias quanto “as sanções econômicas da Europa e a ajuda aos ucranianos para que eles possam se defender” para pressionar Moscou. A prefeita de Paris também denunciou os “ataques russo contra as usinas nucleares” que ameaçam “não só a Ucrânia, mas toda a Europa".

A estimativa da polícia francesa é que mais de 40.000 manifestantes participaram dos vários protestos convocados em todo o país neste sábado contra a guerra e em solidariedade ao povo ucraniano.

Manifestações em outras cidades europeias

Em Londres, no Reino Unido, centenas de pessoas se reuniram para pedir o fim da invasão russa na Ucrânia e rezar pela paz. Os manifestantes se concentraram em Trafalgar Square com bandeiras e cartazes com frases como "Putin mata" e "Embargo à Rússia".

Palavras de ordem um pouco diferentes foram vistas no centro de Roma, Itália, onde sindicatos e ONGs organizaram uma "manifestação pela paz". Manifestantes italianos pacifistas pediam “não a Putin e não à Otan”. Eles criticaram a decisão da Itália de enviar armas à Ucrânia. “Não há paz com armas”, resumiu um dos participantes.

Em Zurique, maior cidade da Suíça, 40.000 pessoas pediram a retirada das tropas russas da Ucrânia, segundo a agência de notícias ATS.

Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia em 24 de fevereiro, as manifestações contra a guerra são cada vez maiores ao redor do mundo. Na semana passada, os maiores protestos reuniram 100.00 pessoas em Berlim, 70.000 em Praga e 40.000 em Madri.

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