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Fashion Week: gigantes da moda internacional se mobilizam para apoiar a Ucrânia

Grandes nomes da moda e do luxo internacional começaram a se mobilizar em apoio à Ucrânia. Algumas marcas anunciaram doações milionárias para os ucranianos, enquanto outras preferiram fechar temporariamente suas lojas na Rússia.

Olivier Rousteing, diretor artístico da marca Balmain, fez uma doação à Agência da ONU para os refugiados para ajudar os ucranianos e convidou seus milhões de seguidores nas redes sociais a fazerem o mesmo.
Olivier Rousteing, diretor artístico da marca Balmain, fez uma doação à Agência da ONU para os refugiados para ajudar os ucranianos e convidou seus milhões de seguidores nas redes sociais a fazerem o mesmo. Vianney Le Caer/Invision/AP - Vianney Le Caer
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Silvano Mendes, de Paris

Quando a Rússia anunciou o início de sua ofensiva militar na Ucrânia, o mundo da moda estava com olhos voltados para Milão, onde acontecia a maratona de desfiles femininos para a temporada outono inverno 2022/2023. Os fashionistas, muitas vezes acusados de serem desconectados da realidade, aos poucos se mobilizaram, principalmente nas redes sociais. Os looks em azul e amarelo, cores da bandeira ucraniana, também pipocaram nas portas dos desfiles, onde os influenciadores não economizaram nos selfies.  

Mas foi preciso esperar esta semana, com a largada da Fashion Week parisiense, para que os grandes players da indústria da moda realmente se posicionassem. A Federação da alta-costura e da moda, entidade que organiza os desfiles em Paris, divulgou um comunicado na segunda-feira (28), dia da abertura do evento, para exprimir seu apoio ao povo ucraniano, “mergulhado no medo e na dor”.

Entre os estilistas, o diretor artístico da Balenciaga, Demna Gvasalia, foi um dos primeiros nomes de peso a usar suas redes sociais para mobilizar a população. Gvasalia, que nasceu na Geórgia, país que também já foi pressionado pelo regime de Moscou no passado, denunciou na quarta-feira (2) “a agressão russa contra a Ucrânia” e anunciou ter feito uma doação ao Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA). O estilista também prometeu abrir as redes sociais da marca francesa para divulgar informações sobre o conflito.

No mesmo dia, Olivier Rousteing, diretor artístico da Balmain, também expressou sua solidariedade à Ucrânia por meio das redes. “A dignidade, a resiliência e a dedicação dos ucranianos nos inspira”, disse no Instagram.

O estilista também anunciou ter feito uma doação ao fundo de urgência da Agência da ONU para os refugiados (Acnur) e convidou seus mais de 7 milhões de seguidores a fazerem o mesmo. “É difícil se sentir bem e se concentrar em um desfile e em roupas quando ouvimos, com tristeza, as últimas notícias”, completou o estilista, cujo desfile contou com a presença do brasileiro Neymar, habitué de sua primeira fila, além da tenista Serena Williams.

Simon Porte Jacquemus, fundador da marca Jacquemus, também se mobilizou nas redes. “Nós defendemos a paz e já começamos a apoiar a ajuda médica e humanitária para os refugiados ucranianos”, declarou, sem dar mais detalhes.

Lojas fechadas na Rússia

Nesta sexta-feira (4) foi a vez da Louis Vuitton, uma das maiores marcas de luxo do mundo, colocar a mão no bolso. A maison anunciou uma doação de € 1 milhão para as crianças ucranianas. O dinheiro será entregue “imediatamente à Unicef”, informou a grife em um comunicado.

Hermès e Chanel, outros grandes nomes da indústria do luxo, preferiram visar a Rússia e decidiram fechar suas lojas no país, suspendendo “temporariamente” suas atividades em solo russo. Logo depois, o grupo LVMH, líder mundial do luxo e proprietário da maison Louis Vuitton, informou que também pretende fechar, a partir deste domingo (6), suas 124 lojas na Rússia, “por causa das circunstâncias atuais na região”.

O silêncio dos gigantes do luxo vinha sendo comentado nos corredores da Fashion Week parisiense. Principalmente em razão da forte presença das empresas do setor no mercado russo.

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