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Alemanha: polícia prende suspeito de novo ataque com faca que deixou dois feridos

Um homem feriu duas pessoas com uma arma branca, nesta segunda-feira (28), na cidade alemã de Erfurt. De acordo com a polícia, o agressor foi detido em sua casa. 

Missa em homenagem às vítimas do ataque com faca na Alemanha na sexta-feira. que deixou três mortos
Missa em homenagem às vítimas do ataque com faca na Alemanha na sexta-feira. que deixou três mortos AP - Karl-Josef Hildenbrand
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Os dois pedestres, de 45 e 68 anos, foram hospitalizados, mas não correm risco de vida. O agressor, um homem loiro entre 20 e 30 anos com uma cicatriz no rosto, conseguiu fugir. Pouco depois, porém, foi preso em seu apartamento. O motivo desse ataque ainda não foi determinado e os primeiros elementos do inquérito mostram que eles não se conheciam. "Não há indicação de crime com motivação política", disse a polícia.

O ataque acontece três dias depois de um somali de 25 anos, com problemas psicológicos, ter matado três pessoas com uma faca no centro da cidade bávara de Wurtzburgo. Neste caso, os investigadores ainda buscam determinar se o ataque - de "incrível brutalidade", segundo uma autoridade local - foi motivado por uma radicalização islâmica, ou pelos distúrbios psiquiátricos do autor.

O homem, que tem nacionalidade somali e que chegou à cidade bávara em 2015, foi controlado após a intervenção de vários civis. O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, disse estar "em choque" após o "horrível ato de violência", de "brutalidade extrema". Neste sábado (26), moradores da cidade de 130.000 habitantes depositaram flores e velas no local do ataque.

O ministro do Interior da Baviera, Joachim Herrmann, revelou na sexta-feira (25) que o agressor, de 24 anos, era conhecido há meses por atos de violência e problemas psiquiátricos. Também havia sido internado recentemente em um hospital psiquiátrico. Herrmann disse que uma testemunha relatou que o agressor gritou "Alá Akbar" (Alá é grande) no momento do ataque.

As equipes de emergência afirmaram que o somali mostrou uma "brutalidade incrível". A Procuradoria Nacional Antiterrorista não assumiu a investigação e a polícia da região informou que o somali não era conhecido por convicções islamitas. O partido de extrema-direita Alternativa para Alemanha (AfD) utilizou o incidente para denunciar "os assassinatos islamistas com faca em pleno coração da Alemanha".

"Prova do fracasso de Merkel"

Para o AfD, que desenvolveu grande parte de seu discurso com a rejeição do islã e da imigração, o ataque de sexta é "uma nova prova do fracasso migratório de (Angela) Merkel". A política migratória da chanceler, que deixará o cargo após as eleições legislativas de setembro, serviu de trampolim para que a extrema-direita entrasse com força na Câmara dos Deputados em 2017.

Após o ataque de sexta-feira, o candidato dos conservadores e possível sucessor de Merkel como chefe de Governo, Armin Laschet, expressou "grande respeito pelos corajosos cidadãos que atuaram rapidamente" para interromper o agressor. A candidata dos Verdes, Annalena Baerbock, também agradeceu as equipes de emergência e os cidadãos que intercederam no momento.

Joachim Herrmann informou que o somali chegou à cidade em 2015, mas não explicou se ele solicitou asilo. O agressor morava em um centro para pessoas sem residência, de acordo com a agência dpa. O ataque aconteceu no fim da tarde, em uma loja do centro da cidade. O jornal Bild informou que o homem roubou uma faca e atacou várias pessoas no estabelecimento comercial.

Ele matou três pessoas e depois seguiu para um banco, onde feriu outras vítimas. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o agressor, descalço, com uma faca na mão, na rua. Várias pessoas tentam detê-lo com cadeiras e pedaços de pau. A polícia conseguiu prender o homem após atirar em sua perna.

Com informações da AFP

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