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Consumidores europeus dão queixa contra Tik Tok e as práticas inaceitáveis da rede social

Várias associações de defesa dos consumidores europeus acusam o Tik Tok de explorar os direitos e os dados de seus jovens usuários. Elas anunciaram nesta terça-feira (16) que entrarão com uma queixa contra a rede social que conquistou o mundo com seus vídeos rápidos.

TikTok tem sido alvo de muitas denúncias sobre o desrespeito às regras de privacidade de seus usuários.
TikTok tem sido alvo de muitas denúncias sobre o desrespeito às regras de privacidade de seus usuários. AP
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O Escritório Europeu de União de Consumidores (BEUC, na sigla em francês), que reúne várias associações do continente, vai pedir que a Comissão Europeia abra um inquérito sobre as práticas da popular rede social, indicou a associação francesa UFC-Que Choisir em um comunicado. Os deslizes do Tik Tok, que esteve no centro da guerra comercial entre Pequim e Washington, são com frequência denunciados em todo o mundo.

Em meados de janeiro, o algoritmo utilizado pela plataforma foi acusado de favorecer o acesso de vídeos sexualizados com menores, obrigando o Tik Tok a reduzir os parâmetros de confidencialidade de seus usuários de 13 a 15 anos.

Na Itália, no final de janeiro, as autoridades bloquearam o acesso à rede social a todos os internautas que não tivessem a idade comprovada. A medida foi tomada depois da morte, na Sicília, de uma menina de apenas 10 anos em consequência do "jogo do lenço", do qual ela participava na rede social.

Tik Tok não protege os jovens

Para a UFC-Que Choisir, o Tik Tok não consegue proteger os jovens. A associação francesa de consumidores cita, principalmente, a falta de cuidados em relação à publicidade subliminar e aos conteúdos "potencialmente perigosos". Além disso, apesar de rede social garantir que só aceita inscrições de usuários com mais de 13 anos, 45% de pré-adolescentes com idades inferiores afirmam utilizar o aplicativo na França.

A UFC denuncia ainda o "sistema ilusório" dos "presentes virtuais" que recompensam os vídeos preferidos dos internautas. O Tik Tok "faz tudo para que o usuário esqueça que o que está em jogo é dinheiro de verdade", afirma a associação que chama essa prática de "detestável".

As denúncias não param por aí. Segundo a queixa, os dados dos internautas são "superexplorados", contrariando as obrigações previstas nas regras de privacidade que garantem aos consumidores certos direitos sobre suas informações pessoais. "Concretamente, o Tik Tok se sente no direito de fazer o que quer dos vídeos publicados na plataforma: utilizá-los, modificá-los e reproduzi-los sem nenhuma autorização dos usuários", detalha o comunicado.

 

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