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Alemanha vai reabilitar soldados homossexuais discriminados pelo Exército

Eles foram excluídos das fileiras do exército alemão e se tornaram posteriormente vítimas de discriminação: 20 anos após o fim dessas práticas contra soldados homossexuais, Berlim decidiu fazer um gesto e reabilitar "a posteriori" os militares que sofreram preconceito homofóbico. Um projeto de lei neste sentido foi aprovado nesta quarta-feira (25) pelo Conselho de Ministros da Alemanha.

A ministra da Defesa, Annegret Kramp-Karrenbauer, em fevereiro de 2020.
A ministra da Defesa, Annegret Kramp-Karrenbauer, em fevereiro de 2020. AP - Markus Schreiber
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Pascal Thibaut, correspondente da RFI em Berlim

A ministra da Defesa da Alemanha, Annegret Kramp-Karrenbauer - é onipresente na mídia alemã há vários anos. O Bundeswehr - como é conhecido o Exército alemão, joga holofotes sobre a carreira da policial transgênero Anastasia Biefang para provar sua abertura aos novos tempos.

Mas, até o final da década de 1960, o preconceito homofóbico levou à degradação das pessoas gays, ou mesmo à sua exclusão. Mais tarde, soldados homossexuais foram discriminados e posições de responsabilidade não eram oferecidas a eles. Essas práticas cessaram após um decreto oficial na Alemanha, há cerca de 20 anos.

No entanto, a ministra da Defesa alemã desejou ir mais longe: os homossexuais em questão agora serão reabilitados e receberão uma indenização de € 3.000.

Gesto político

Annegret Kramp-Karrenbauer, que pediu desculpas às vítimas de discriminação, esclareceu que o projeto de lei não poderia eliminar os danos sofridos, mas era um gesto político que atestava as mudanças ocorridas desde então no Bundeswehr.

Trinta anos após a reunificação, o Conselho de Ministros decidiu que o projeto de lei também se aplicaria aos ex-soldados do exército da Alemanha Oriental, que também foram alegadamente discriminados pela homofobia.

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