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Rússia/ acidente

Marinheiros russos mortos em misteriosa explosão de submarino são enterrados

O sepultamento de 14 oficiais russos mortos no incêndio de um submarino nuclear no mar de Barents, em circunstâncias pouco divulgadas, ocorreu neste sábado (6), em São Petesburgo. Um forte esquema de segurança protegeu a cerimônia.

Flores homenageiam capitão Vladimir Sukhinichev, um dos 14 mortos no incêndio do submarino nuclear no Mar de Barents.
Flores homenageiam capitão Vladimir Sukhinichev, um dos 14 mortos no incêndio do submarino nuclear no Mar de Barents. REUTERS/Anton Vaganov
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O acidente aconteceu na segunda-feira (1º), mas a informação só foi divulgada no dia seguinte. O Kremlin indicou que os detalhes da catástrofe não seriam revelados, em nome de “segredos de Estado”. Moscou confirmou na sexta-feira (5), no entanto, que o submarino era a propulsão nuclear.

A imprensa não foi autorizada a acompanhar do sepultamento, que ocorreu no cemitério Serafimovski, de São Petesburgo. A polícia garantiu que ninguém entraria no local sem permissão. Quatorze veículos funerários ingressaram no cemitério, levando os caixões dos marinheiros.

“Você precisa compreender que a identidade da maior parte das pessoas que estão aqui é secreta e os seus rostos não podem aparecer”, justificou um representante do Ministério da Defesa, à agência AFP.

“É uma grande tristeza”, declarou uma mulher vestida de preto, que levou uma coroa de flores na qual se lia: “da parte dos amigos e colegas de escola”. Moradores da cidade também foram homenagear os militares. “Fico triste por eles, como se eles fossem da minha própria família”, disse Natalia Stepanova, de 60 anos, moradora do bairro.

“Heróis da Rússia”

A título póstumo, o presidente russo, Vladimir Putin, condecorou com honras as 14 vítimas. As autoridades divulgaram poucos detalhes do acidente, limitando-se a indicar que os marinheiros cumpriam uma missão de treinamento perto da costa. O fogo teria iniciado no setor de baterias e não teria atingido o reator nuclear, conforme a Defesa.

O aparelho foi descrito como um submarino de pesquisas para estudar o ambiente marinho e o fundo dos oceanos. A imprensa russa indica que foi um AS-12 ou AS-31, um submarino de pequeno porte que pode ser usado em missões secretas e é capaz de mergulhar até 6 mil metros de profundidade.

Reator intacto

Putin afirmou que “dois heróis da Rússia” e sete capitães de alto escalão estão entre os mortos. O Ministério da Defesa indicou que eles morreram ao inalar fumaça toxica após o incêndio, que foi controlado, em águas territoriais russas.

O acidente lembrou a tragédia com o submarino nuclear Kursk, que matou 118 no mar de Barents em 12 de agosto de 2000, no início do primeiro mandato de Putin. Os 14 marinheiros que perderam a vida nesta semana seriam sepultados próximo a um monumento em homenagem às vítimas do Kursk.

Com informações da AFP

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