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Portugal/OIM

Ex-ministro da Defesa português eleito para comandar Organização Internacional para Migrações

O ex-ministro português António Vitorino foi eleito, nesta sexta-feira (29), diretor-geral da Organização Internacional para Migrações (OIM), um cargo ocupado pelos Estados Unidos desde a criação da instituição em 1951, com uma única exceção nos anos 1960.

António Vitorino, eleito diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações.
António Vitorino, eleito diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações. Iom.org
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Em entrevista exclusiva à RFI, Vitorino falou em três finalidades essenciais do exercício da nova função. “A primeira é apoiar os Estados-membros na definição de suas políticas de imigração”, disse. A segunda “é garantir o respeito dos direitos humanos fundamentais dos migrantes”, acrescentou. “E a terceira é estabelecer uma ligação clara entre as migrações e o desenvolvimento, fundamental para termos um mundo mais em paz, mais justo e mais equilibrado”, completou.

O novo diretor da OIM, que conta com 172 Estados-membros e defende a contribuição das migrações para os diferentes países no mundo, assume em 1º de outubro. Ele vai suceder o americano William Lacy Swing, que exerceu dois mandatos de cinco anos.

Vitorino, de 61 anos, "teve uma brilhante carreira em Portugal como advogado e na política", destacou a OIM, em um comunicado.

Ele ocupou o cargo de ministro da Presidência e ministro da Defesa (1995-1997), quando o atual secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, era primeiro-ministro de Portugal. Antes, foi eleito deputado em 1980.

Vida fora da política

Vitorino também foi comissário europeu de Justiça e do Interior (1999-2004). Desde que deixou a política em 2005, eletrabalhou como associado no escritório Cuatrecasas, Gonçalves Pereira & Associados, segundo a OIM.

Estados Unidos e Costa Rica também apresentaram candidatos para dirigir a organização.

A experiência da costa-riquenha Laura Thompson, atual diretora-adjunta dessa agência, não foi suficiente em sua disputa pelo cargo. Já as polêmicas declarações contra muçulmanos dadas pelo americano Ken Isaacs levaram à sua eliminação antes da rodada final. Foi a primeira vez que isso aconteceu em décadas.

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